O mercado latino-americano de smartphones registrou o quarto trimestre consecutivo de crescimento, totalizando 33,5 milhões de unidades enviadas ao varejo no segundo trimestre de 2024, o que representa incremento de 20%.

De acordo com os dados da Canalys, o contínuo aumento de remessas é atribuído à força do segmento de aparelhos que custam menos de US$ 200, que vem aumentando sua participação no mercado desde o segundo trimestre de 2021.

Com isso, o mercado latino-americano cresceu mais forte do que o global, que registrou no mesmo período aumento de 13% nas remessas ao varejo.

Mercado latino-americano: os fabricantes

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Xiaomi é o segundo fabricante de smartphones na América Latina, com forte crescimento de 35% no período. Fonte: Canalys

Samsung manteve sua liderança no mercado latino-americano, crescendo 9% em relação ao ano anterior, com 10,2 milhões de unidades, impulsionada pela série A. Seu market share está em 30%, declínio de quatro pontos percentuais na comparação com 2T23.

A Xiaomi foi o segundo maior fornecedor de smartphones da região pela primeira vez, com um crescimento de 35% nos embarques, alcançando 6,2 milhões de dispositivos e um share de 19%.

O segundo trimestre também marcou o maior volume trimestral da Xiaomi na região até o momento, e superou pela primeira vez a marca de 6 milhões de unidades enviadas ao mercado.

A Motorola ficou em terceiro, com 5,7 milhões de unidades, queda de 1% ano contra ano e um market share de 17% do mercado regional. TRANSSION e Honor completaram o top 5, crescendo 52% e 47%, respectivamente, para 3,2 milhões e 1,7 milhão de smartphones enviados ao varejo latino-americano. Enquanto a primeira tem um share de 9% a segunda chegou a 5%

Remessas de smartphones enviadas no primeiro semestre de 2024

Este foi o primeiro semestre de todos os tempos com maior envio de smartphones ao mercado da região. De acordo com a Canalys, o motivo para o feito é o incentivo vindo de fornecedores para que os consumidores renovem seus dispositivos mais cedo. Para isso, se utilizam de estratégias como relação custo-benefício e preços agressivos.

Não à toa, houve queda de 12% no preço médio de venda em relação ao ano anterior, atingindo seu valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2021.