Em sua primeira operação por mais de 24 horas contínuas, entre as últimas quinta-feira e sexta-feira, dias 5 e 6 de novembro, foram realizadas 57 mil transações pelo Pix. Os números foram apresentados durante live promovida pela Febraban nesta segunda-feira, 9. Para efeito de comparação, no primeiro dia de operação restrita, na terça-feira passada, 3, foram feitas 1.570 transações com Pix.
O resultado superou as expectativas do diretor de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban, Leandro Vilain, presente na live. Ele reconheceu que foram registrados alguns problemas operacionais nesses primeiros dias, o que já era esperado. As intercorrências foram todas pontuais e rapidamente resolvidas. Houve, por exemplo, o caso de um banco que não reconhecia a agência do outro porque o número vinha com zeros à esquerda, citou Vilain, mas isso foi corrigido em menos de 30 minutos.
TED, DOC e boleto
Por sua vez, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, argumentou que o Pix não vai provocar impacto significativo na receita dos bancos, porque atualmente 60% das contas transacionais no Brasil estão isentas de tarifas e comissões. E em uma parcela significativa das 40% restantes o cliente não paga ou tem as transações incluídas em um pacote por conta do seu histórico de relacionamento com a instituição financeira.
Sidney entende também que a chegada do Pix não representará o fim do TED, do DOC ou do boleto. “Não acredito que o Pix vai acabar com TEDs e DOCs, assim como não acabou o uso de dinheiro e cheque quando o TED e o DOC surgiram. E estes não acabaram quando veio o cartão de crédito e de débito. Enfim, boletos, TEDs, DOCs e pagamento em dinheiro continuarão sendo usados para finalidades distintas”, analisou. Mas reconhece a importância do novo serviço: ”O Pix vai aumentar a inclusão financeira e a produtividade, além de aprimorar a eficiência no mercado de pagamentos.”