O AliExpress (Android, iOS) vai promover a versão brasileira para o 11.11, o maior festival de compras do mundo – e que nasceu na China – , a partir das cinco da manhã do dia 11 de novembro. Dessa vez, os varejistas brasileiros participarão com seus produtos, uma vez que esses profissionais foram permitidos no aplicativo a partir de agosto. No mundo, a data envolve mais de 900 mil fabricantes e distribuidores presentes na plataforma de comércio da empresa. A companhia, controlada pela chinesa Alibaba, costuma mobilizar 80 voos fretados para a entrega dos itens adquiridos em 220 países onde a empresa está presente. Vale dizer que, para o Brasil, são fretados, semanalmente, cinco voos por semana. “E estamos viabilizando um sexto voo para o Brasil”, anunciou Yan Di, country manager do AliExpress no País, em evento promovido para jornalistas nesta terça-feira, 9, sem dizer quando a aeronave começará a ser utilizada. Citando dados do App Annie, o executivo ressaltou que atualmente, no Brasil, o AliExpress ultrapassou os apps de Magalu e Lojas Americanas em número de usuários ativos mensais (MAUs, na sigla em inglês). Di, no entanto, não apresentou números.
De acordo com o executivo, a plataforma cresceu mais de 130% em algumas categorias no País na comparação com 2020 e em algumas delas o incremento foi de 38 vezes, como no caso das webcams.
Apesar de não revelar números de vendedores brasileiros dentro da plataforma, Viviane Almeida, commercial manager da AliExpress, explicou que o volume superou as expectativas do que eles chamam de ‘local to local’. “Estamos animados com os resultados em um curtíssimo prazo”, disse para os jornalistas.
Di comentou também que o varejista brasileiro já tem acesso a todas as ferramentas encontradas no AliExpress da China, entre elas o Live Commerce. De acordo com o executivo, apenas esse formato movimentou na China US$ 7 bilhões no ano passado. “Hoje, o live commerce tem 10% de fatia do e-commerce chinês. E a previsão para este ano é que seu market share dobre e vá para 20%”, comentou. “É uma grande ferramenta, muito poderosa porque ela é inclusiva e democrática. Todo o mundo consegue fazer uma live. Não precisa estar num PC: é possível fazer do celular, vendendo produtos tangíveis ou intangíveis (serviços). E o usuário compra de quem ele confia, de um vendedor ou de um influenciador, além de ser possível tirar as dúvidas sobre o que se está comprando. É uma experiência para o usuário fantástica”, comentou.
Foco nos jovens
Segundo Di, o evento 11.11 é maior do que a Black Friday em todo o mundo. E, agora, a ideia do AliExpress é trazer para o Brasil essa cultura. Para isso, estão trabalhando com influenciadores, em especial aqueles presentes no TikTok. A ideia é atrair e conquistar o público mais jovem. “Esse ano vamos oferecer preços excepcionalmente mais baratos, com descontos de até 80%, São 900 mil fabricantes de todo o mundo, inclusive dos mais conhecidos, como a Xiaomi”, detalha Di.
Fazer o e-commerce crescer
O country manager da AliExpress quer estimular o e-commerce no Brasil, que, apesar de ter crescido em 2020 com a pandemia do novo coronavírus, ainda engatinha, se comparado com a China. “O e-commerce brasileiro é pequeno. Na China, nós faturamos US$ 1 trilhão. Isso é 65 vezes maior do que o faturamento brasileiro no e-commerce”, compara. Vale dizer que, de acordo com dados do estudo Webshoppers (Ebit/Nielsen & Bexs Banco), as vendas somaram cerca de R$ 87,4 bilhões no ano passado no Brasil. “Isso mostra como o comércio online pode crescer no Brasil. Claro, temos uma população (na China) sete vezes maior do que a brasileira, mas ainda há muito espaço para crescer. Cabe aos players estruturarem essa penetração”, avalia Yan Di.