A Motorola está começando a montar seu ecossistema de dispositivos inteligentes vestíveis para disputar com rivais, como Xiaomi e Huawei. Além de smartphones e tablets, a companhia já oferece ao público brasileiro, smartwatch, babá eletrônica, fone de ouvido Bluetooth, conector sem fio para Android Auto, além do Ready For, que permite conectar celulares a telas grandes.
“Estamos engatinhando para isso. Passo a passo. Temos um ecossistema para brigar de frente (com chineses) de hardware e software. Desde o Ready For, que conecta o aparelho com tablet, PC, TV, até Android Auto com o MA1 que conecta os aparelhos no veículo”, disse Juliana Zoia, gerente de contas e vendas técnicas da companhia, em conversa exclusiva com Mobile Time.
A executiva explica ainda que a companhia quer brigar fortemente pelo mercado, mas a estratégia não é simular o começo dos celulares Moto G, que chegaram a ter um handset vendido por minuto em 2014. “Estamos na mente das pessoas em smartphones. Agora queremos estar na mente das pessoas quando falamos de ecossistema”, comentou Zoia antes do lançamento do MA1.
Relógio
Na conversa com esta publicação, a executiva falou sobre o relógio moto watch 100, que está em uma faixa intermediária de preço. “Vimos uma oportunidade de trazer o Moto Watch 100 neste primeiro momento, nem fizemos propaganda e já tivemos venda”, explicou.
“A ideia é sentir o mercado neste retorno. Queremos ver a boa aceitação, em longo prazo. É um relacionamento antigo entre consumidor e a marca; mas, por outro lado, é novo, pois a Motorola está em um novo patamar de segmento. Do mesmo modo que a marca teve alcance maior com a família Edge nos handsets”, disse.
O último vestível lançado pela Motorola foi o Moto 360, em 2015. Diferentemente do passado, a companhia voltou aos smartwatches após duas melhorias: em bateria e sistema operacional. A nova versão do relógio consegue ficar até oito dias sem carregar, antes, o consumidor precisava carregar depois de aproximadamente 12 horas.
No sistema operacional, a empresa abandonou o Android Wear e aderiu a um sistema próprio. Batizado como Moto OS, Zoia explicou que o sistema permite melhor a relação entre software e hardware, como a administração mais justa da bateria e o controle melhor de dados entre relógio e smartphone pareado via Bluetooth.
“Se compararmos com smartphones intermediários, o G82 custa R$ 3 mil. O Edge 30 Neo R$ 3,5 mil. São públicos que conseguem aderir ao smartwatch. Poderíamos pegar um relógio mais robusto, mas queremos aproximar (o relógio) das categorias de handsets intermediários”, completou.