Em encontro oficial na França, os ministros da Justiça do Brasil, Ricardo Lewandowski, e da França, Gérald Damian conversaram sobre a união de esforços para o combate à desinformação. Nesta sexta-feira, 10, os presidentes dos dois países, Lula e Emmanuel Macron conversaram por telefone sobre o assunto e concordaram em trabalharem juntos para que a mudança de diretrizes na Meta não signifique disseminação de fake news.
Os dois ministros manifestaram preocupações com as mudanças aplicadas por Meta que implicam no fim da checagem de fatos e na abertura de postagens que podem ser contra grupos e estimular o discurso de ódio e fake news. Com isso, as autoridades manifestaram interesse em promover estratégias conjuntas e trocar experiências na defesa do Estado Democrático de Direito, diante dos desafios atuais.
Em complemento, os presidentes dos dois países – Lula e Macron – conversaram por telefone e decidiram trabalhar juntos para impedir a disseminação de fake news e que isso coloque em risco a democracia e os direitos fundamentais de Brasil e França.
Depois da reunião convocada por Lula com representantes do governo, a AGU (Advocacia-Geral da União) enviou uma notificação extrajudicial para Meta explicar as mudanças.
Em sua fala, Jorge Messias, Advogado Geral da União disse que a holding de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, disse que Meta mais parece uma biruta de aeroporto, que o tempo todo muda de posicionamento ao sabor do vento e que a sociedade brasileira não ficará à mercê desse tipo de política.
A empresa tem 72 horas para responder a AGU.
Brasil e França juntos
Mais cedo, Lula e Macron, trataram em um telefonema sobre as mudanças aplicadas por Meta para impedir a disseminação de fake news. Ambos concordaram que liberdade de expressão não é ter liberdade para espalhar mentiras, preconceitos ou ofensas.
Lula e Macron concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas e pretendem trabalhar juntos para impedir que a disseminação de fake news coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos.