Em 2020, com o distanciamento social causado pela pandemia do novo coronavírus e a impossibilidade de frequentar ambientes como restaurantes, espaços culturais e academias, os aplicativos foram elevados a um outro patamar para quem estava em casa, e serviram de suporte para home office, estudos, distrações, saúde e alimentação. A RankMyAPP, empresa de inteligência de marketing, fez um ranking dos apps mais relevantes nas duas lojas principais: Google Play e App Store. Ao todo, foram analisados 606 apps, divididos em 38 categorias na loja para dispositivos Android e outras 23 para dispositivos da Apple. Entre os destaques em comum das duas lojas estão: iFood, na categoria gastronomia e bebidas, o único em sua categoria que se manteve na primeira posição da lista ao longo dos 12 meses; e Duolingo, em Educação.

“Muitos apps se destacaram por conta da pandemia, como, por exemplo, os da categoria de Comer e Beber porque o segmento de delivery foi muito usado. O iFood, por exemplo, foi o app mais estável do ranking entre todos eles. E no caso do Kindle foi um aplicativo bastante usado durante o isolamento”, explicou Gabriela Ramalho, especialista de dados da RankMyAPP.

Separadamente, na Google Play, de acordo com a empresa de marketing, 86 diferentes aplicativos ficaram sempre entre os top 10 em suas categorias durante todos os meses de 2020. Entre os apps, estão: iFood (Comer e Beber); Mobly (Casa e decoração); Shopee (Compras); WhatsApp Business (Comunicação); Minha Claro Móvel (Corporativo); YouTube Kids (música e vídeo); Tinder (Estilo de Vida); e Nubank (Finanças).

No caso da App Store, 111 aplicativos se mantiveram entre os top 10 todos os meses de 2020. Entre eles estão: TikTok, YouTube, iFood (Gastronomia e Bebidas), Kindle (Livros), Spotify (Música), Google Maps (Navegação), Twitter (Notícias), Gmail (Produtividade), WhatsApp Messenger (Redes Sociais), Google Tradutor (Referência), The New York Times (Revistas e Jornais), Google (Utilidades) e Uber (Viagens).

Metodologia

RankMyApp

Leandro Scalise é CEO da RankMyApp

A ferramenta tecnológica da RankMyAPP captura dados públicos que estão nas lojas de aplicativos e se serve de big data para analisar esses dados “crus”. A solução consegue analisar uma série de critérios, não apenas o volume de downloads, mas também: volume de reviews (e se os comentários são positivos ou negativos); tamanho do app; visibilidade dentro das lojas (quantidade de pessoas consultando o app); e posicionamento nas lojas.

“Há uma série de fatores”, diz Leandro Scalise, CEO da RankMyAPP. Se os reviews foram negativos, isso derruba o app (do ranking). Há também análise de sentimentos nesses comentários e reclamações. Isso pode penalizar o aplicativo. E não adianta ter download e não ter instalação. Isso também faz o app cair no nosso ranking”, explicou o executivo em conversa com Mobile Time.

 

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