Gabriel Jorio, CEO e cofundador da 4Mooney. Foto: divulgação
A 4Mooney cresceu em 2022 cerca de 18 vezes em comparação com 2021, um feito causado basicamente a partir de uma adaptação à nova realidade do mercado, com incertezas na área econômica e política. A empresa possui uma inteligência ampliada que atua para estimular o cliente de seus clientes a tomar decisões – podendo ser voltar a usar ou ativar o cartão de crédito ou pagar uma dívida.
“O crescimento ficou muito próximo do planejamento do ano”, disse Gabriel Jorio, CEO e cofundador da companhia em conversa com Mobile Time. Em entrevista no ano anterior, a previsão estava estimada em 21 vezes.
O crescimento é fruto de parcerias com empresas de tecnologia que ajudam a 4Mooney a entrar no segmento dos principais bancos do País. E agora está rendendo frutos. A empresa, inclusive, começa a estudar possibilidades de crescimento acelerado por meio de investimento ou parceria estratégica.
Para 2023, a expectativa de Jorio é a consolidação financeira do negócio dentro de um ambiente econômico incerto, além de ajudar as empresas clientes a manterem os seus clientes no ecossistema e aumentar o seu potencial de consumo. “Vamos deixar a previsão de crescimento de dois dígitos para o ano, sabendo que se trata de um momento de incertezas e apreensões. Mas, ao mesmo tempo, é um momento em que temos mais oportunidades”, diz.
Sobre o futuro, Jorio explica que a 4Mooney está aberta à captação.
O executivo não descarta duas possibilidades: venture capital, com investimento para a aceleração de crescimento da empresa, sem que se coloque em jogo a governança da 4Mooney; e a segunda é uma parceria estratégica com empresas maiores, mas, também, sem que perca o seu core. “Acho que a gente consegue alavancar crescimento de time, negócios, plataforma, tudo o que vem a reboque de uma captação saudável”, diz. “É um movimento provável para este ano com os benefícios e desafios que essa mudança traz. Mas sempre preservando o propósito e a nossa estrutura”, completa.
Modelo de negócio
Como modelo de negócio, a 4Mooney utiliza um híbrido entre o success fee, para recuperação financeira, e uma taxa fixa, para o uso da ferramenta. Com isso, os custos da operação estão garantidos e o resto “é ganhar junto quando o cliente ganha”, ou seja, quando a empresa consegue que o cliente final pague a dívida, por exemplo.
“A taxa mensal de pagamento da operação não nos deixa ricos. Não é a linha principal da empresa, mas é a linha de sustentação”, explica Jorio.
Sem dar nomes às empresas, Jorio exemplifica o sucesso da ferramenta quando, ao longo de 12 meses, a 4 Mooney conseguiu captar o dobro (101%) do valor arrecadado se comparado com modelos tradicionais de cobrança. “E, importante dizer, com investimento três vezes menor”, completa.
Outro exemplo dado pelo executivo foi a campanha de ativação de um cartão de crédito. Cabia à 4Mooney reativar 40% dos clientes inativos, ou seja, sem usar a tarjeta há mais de 90 dias. Sem revelar números, Jorio disse que a empresa atingiu a meta em 78 dias. “Neste caso, fizemos a jornada completa: compreensão da base, vimos quais canais usar e fazer uma comunicação evolutiva, ou seja, canais certos, na hora certa para a pessoa certa, com tom de voz específico, transbordo para WhatsApp, SMS, usando sempre a tecnologia cognitiva e fazer os gatilhos mentais corretos. Hoje, esse cliente é um dos nossos contratos mais relevantes”, explica.
“A análise da base é a parte do processo mais parruda. Aqui elaboramos a estratégia de engajamento e comunicação e quais canais vamos usar. É um processo que precisa ser feito em cada operação”, explica.
