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Os executivos da XP Bruno Guarnieri, head de produtos (à esq.), e Guilherme Benchimol, CEO

A XP (AndroidiOS) apresentou nesta quarta-feira, 10, o seu primeiro cartão de crédito com opção de investimento acoplada. Liberado para os clientes com investimentos acima de R$ 50 mil na empresa, a tarjeta tem bandeira Visa Infinite e seu controle é feito exclusivamente pelo aplicativo da companhia.

De acordo com Guilherme Benchimol, CEO e fundador da XP, a proposta do cartão é atrair mais capital para custódia da empresa. E, embora comece com a gama mais alta de investidores, o executivo afirmou que o cartão será lançado para todos os clientes da instituição até o final de 2021.

“São 3 milhões de clientes que confiam na XP hoje. Nas nossas análises, os consumidores possuem metade da liquidez conosco e a outra metade fica em um dos cinco bancos tradicionais”, disse Benchimol. “Supondo que conseguiríamos verticalizar com esse público – os 3 milhões de clientes –, teríamos R$ 1,4 bilhão de receita, sem ter nenhum cliente a mais”, completou.

Além do cartão, a estratégia de verticalização da XP tem em seu cronograma de 2021 o lançamento de uma conta digital e cartão de débito.

Estratégia

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Com parceria exclusiva com a Visa, a fintech busca diferenciar-se com: atendimento humanizado; opção de compra no marketplace próprio com 25 lojas, como Nike; investback sem expirar, ferramenta que retorna 1% do valor da compra do cliente e coloca o montante em um investimento de CDI, e até 10% se a compra for no marketplace; média de juros mensal de 5,9% no rotativo e 3,9% no parcelado; além da lógica de limite dinâmico com base nos investimentos que o consumidor têm na XP.

“Trouxemos competição para esse mercado (de investimentos) e queremos fazer o mesmo com o cartão de crédito. Nós não temos um CAC (Custo de Aquisição de Clientes). O cliente já é nosso, é um cross-sell natural. O mundo do cartão de crédito é um mundo que precisa evoluir”, relatou o CEO, em coletiva de imprensa online. “Mesmo os bancos cool (neobanks) cobram tarifas de 12% a 13% ao mês, isso não é sustentável para o cliente”, concluiu.

Assim como outros players do mercado financeiro, o cartão da XP não tem números e dados financeiros escritos, pode ser adicionado em carteiras de pagamentos, tem cartão virtual para compras na web, não tem anuidade, o onboarding é rápido (até dois minutos) com biometria facial e existe a possibilidade de emitir até seis cartões adicionais.

Resultados parciais e futuro

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Segundo Bruno Guarnieri, head de produtos da XP, o cartão foi lançado para uma pequena base de consumidores entre o terceiro e o quatro trimestre de 2020. Neste período, 35 mil clientes usaram o produto, 60% ativaram o cartão físico, os investimentos dos consumidores aumentaram em 10 pontos percentuais e a maioria utiliza o cartão em wallets.

Guarnieri diz ainda que, no futuro, o cartão terá a função débito, o investback terá mais opções de fundos para aplicação automática, o marketplace será expandido de 25 para 50 lojas e haverá novos produtos com foco em outros usuários dos serviços da XP: “Lançamos o cartão para clientes com R$ 50 mil ou mais investidos. Ao longo do ano, queremos disponibilizar para todos os 3 milhões de clientes. Queremos popularizar o cartão”, finalizou.

 

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