O banco credor Silicon Valley foi fechado pelos reguladores financeiros da Califórnia nesta sexta-feira, 10, incluindo suas 17 unidades nos Estados Unidos. Como resultado, as bolsas caíram nos Estados Unidos, principalmente com a queda de valor de mercado de grandes bancos (investidores no Silicon Valley) e o aumento dos riscos a empresas correntistas da região, principalmente as startups de tecnologia.
O Departamento de Proteção Financeira e Inovação do estado norte-americano indicou a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) como receptor dos valores presos no Silicon Valley. Para proteger os correntistas, o FDIC criou a Deposit Insurance National Bank of Santa Clara (DINB) que recebeu todos os valores – US$ 250 mil por depositante garantidos. Acima deste valor, os clientes devem contatar o FIDC.
Na próxima segunda-feira, 13, as unidades do Silicon Valley voltam a abrir para atender clientes que não são garantidos.
Entenda
A crise do banco Silicon Valley começou na quarta-feira, 8. A instituição registrou um prejuízo de US$ 1,8 bilhão com investimentos que não deram o resultado esperado, como títulos do tesouro norte-americano e baseados em hipotecas. Como o problema é bem similar ao da crise de 2008, os correntistas e investidores sacaram US$ 42 bilhões nesta quinta-feira, 9, segundo documento publicado pelo Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia junto à SEC.
Com o resultado da solvência, o banco chegou a um saldo negativo de US$ 958 milhões e não conseguiu cumprir com seus compromissos de agente financeiro.
Nesta sexta-feira, as bolsas norte-americanas fecharam na maior queda desde junho de 2022: Dow Jones recuou 4,44% e a Nasdaq, 4,71%. Os quatro grandes bancos dos EUA perderam US$ 52 bilhões de valor de mercado, segundo o Wall Street Journal. Em tecnologia, a maior perda foi na DocuSign, cujo valor da ação caiu 23% e passou a valer US$ 49,69.