A brasileira Movile quer se tornar um player global no mercado de conteúdo móvel. Seu processo de internacionalização já está em andamento, por meio da presença com escritórios próprios em sete países das Américas, incluindo um nos EUA, localizado no Vale do Silício. "Já temos 75 funcionários trabalhando fora do Brasil. Não é Powerpoint", diz o fundador e presidente da Movile, Fabrício Bloisi. O próximo passo é começar a adquirir empresas estrangeiras, diz o executivo.
A Movile liderou um processo de consolidação no mercado brasileiro ao longo dos últimos anos, tendo incorporado seis empresas nacionais, dentre as quais a nTime, a Yavox, a CycleLogic e, mais recentemente, a iFood. No Brasil, a Movile segue analisando novas aquisições, especialmente nas áreas de m-payment e m-commerce, afirma Bloisi. Enquanto isso, no exterior, o foco está mais em plataformas de conteúdo, como distribuição de apps, TV no celular, itens virtuais etc.
"Vamos continuar esse processo (de consolidação) em um ritmo ainda maior. A intenção é acelerá-lo. Há espaço para consolidar mais o mercado, assim como há espaço para nos internacionalizarmos e inovarmos", diz Bloisi. Ele evita citar nomes dos possíveis alvos de aquisição. "Estamos avaliando muitas empresas", limita-se a comentar.
Vale lembrar que a Movile já lançou alguns apps com foco global e não apenas nacional. Merecem destaque três deles que, juntos, somam mais de 10 milhões de usuários ao redor do mundo: o Free Zone (app para mapeamento de redes Wi-Fi), o Zeewe TV (app de vídeos) e o PhotoFun (app de edição de fotos).