As empresas de apps de táxi tradicional viram com bons olhos a regulamentação do serviço de transporte individual remunerado de passageiros, como o Uber, pela prefeitura de São Paulo. A maioria delas entende que é melhor regulamentar do que simplesmente regularizar sem regras ou proibir, correndo o risco de enfrentar uma guerra judicial.

"Há uma distância enorme entre regularizar e regulamentar. A prefeitura finalmente saiu de cima do muro. Agora essas empresas precisarão estar cadastradas e seguir uma regulamentação. A competição passa a ser de igual para igual", disse Marcelo Sicsu, diretor de operações da Wappa. Ele critica, por exemplo, a postura da prefeitura do Rio de Janeiro, que diz que proíbe o Uber, mas não toma providências efetivas para reprimir o serviço, que acaba operando por meio de liminares na Justiça.

Sicsu reconhece que o Uber vem tomando mercado rapidamente no Brasil inteiro, especialmente com sua modalidade mais barata o UberX, graças justamente à falta de regulamentação. Por sinal, a mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Comércio Móvel no Brasil mostrou que em apenas seis meses, entre setembro de 2015 e março de 2016, o Uber saltou da terceira para a segunda posição no ranking dos apps de taxi favoritos dos brasileiros, passando de 10% para 21% de share, atrás apenas do 99Taxis.

 

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