O compartilhamento de rede é uma realidade para a Telefónica na América Latina, mas a exploração de acordos semelhantes com 5G, como a empresa já anunciou no Reino Unido, ainda não é um objetivo de curto prazo. O COO do grupo espanhol, Ángel Vilá, ressalta que já há iniciativas em diversos países, incluindo o RAN Sharing de 4G com Oi, TIM e Claro no Brasil. Mas, para a nova tecnologia, ainda é cedo para falar no assunto. “Temos vontade de explorar o compartilhamento em 5G, é claro, sem nenhuma dúvida. Mas é preciso dois para dançar um tango. Então, vamos abordar parceiros no decorrer do tempo”, declarou ele em teleconferência de resultados financeiros da empresa nesta sexta-feira, 10.
“Ainda é cedo para o 5G, especialmente na Hispanoamerica [unidade de negócios da empresa na América Latina que não inclui a Vivo, no Brasil], mas sim, estamos prontos”, destaca. Como exemplo, Vilá cita o acordo de compartilhamento em 5G com a Vodafone no Reino Unido como um exemplo, mas ressalta que é preciso que o contrato faça sentido.
Segundo o executivo, o compartilhamento de rede em si é interessante, já que 80% do Capex e 20% do Opex são para infraestrutura de rede, sites, transmissão e alugueis. Com a partilha, ele acredita que é possível obter redução de custos, enquanto mantém metas de cobertura e qualidade, melhorando o retorno do capital. “Achamos que isso será especialmente relevante no futuro lançamento da tecnologia 5G por conta das pressões para uma rede muito mais densa tanto no acesso de rádio quanto no transporte”, afirma. “Vamos explorar oportunidades se elas criarem valor e se elas não erodirem com nossa posição competitiva em qualquer geografia”, pondera.