A Didi Chuxing, empresa chinesa de aplicativos de transporte individual e controladora da brasileira 99 (Android, iOS), fez o pedido de listagem no mercado de ações dos Estados Unidos, preparando o cenário para sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) ainda este ano. A empresa promete ser uma das maiores IPOs do ano.
Entre os dados enviados com o pedido de oferta pública estão informações como: a Didi está presente em 15 países; registrou 493 milhões de usuários ativos no primeiro trimestre de 2021; 15 milhões de motoristas usam a plataforma; houve uma média de 41 milhões de transações diárias no app no 1T21 (até o final de março); e foi registrado o acúmulo de US$ 93,85 bilhões de receita dos motoristas entre 2018 e o primeiro trimestre de 2021.
Didi foi avaliada recentemente em US$ 62 bilhões após uma rodada de investimento em agosto do ano passado, de acordo com dados do PitchBook, e é apoiado por gigantes de investimento como SoftBank, Alibaba e Tencent. Segundo a Bloomberg, a empresa poderia ter uma avaliação de US$ 100 bilhões no momento de seu IPO.
A empresa registrou receita de US$ 21,6 bilhões no ano passado e de US$ 6,4 bilhões no primeiro trimestre de 2021. A Didi também reportou lucro líquido de US$ 837 milhões antes de pagamentos aos acionistas e lucro líquido abrangente de US$ 95 milhões no trimestre. Segundo a Bloomberg, o documento enviado à Securities and Exchange Commission, a chinesa registrou prejuízo líquido de US$ 1,6 bilhão em 2020 em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
A Didi listou o tamanho da oferta como US$ 100 milhões em seu primeiro pedido público para a IPO na quinta-feira, um valor que provavelmente mudará. Ela foi registrada sob o nome comercial Xiaoju Kuaizhi Inc., com Goldman Sachs Group Inc., Morgan Stanley e JPMorgan Chase & Co. listados como consultores.
Vale dizer que a Uber detém 12,8% das ações da empresa após a venda de seu negócio de carona na China para a Didi em 2016, enquanto o Vision Fund da SoftBank detém 21,5%.