A redução no custo de equipamentos incentiva a implementação de redes privadas em 5G, avalia o presidente da Abinc (Associação Brasileira de Internet das Coisas), Paulo Spaccaquerche, em conversa com Mobile Time.
“O 5G ficou economicamente mais viável, mais acessível. Isso faz com que a gente comece a enxergar e a ouvir muito sobre 5G em redes privadas”, comenta o executivo.
As primeiras experiências estão sendo feitas por multinacionais, às vezes sob ordem das suas matrizes, mas aos poucos começam a aparecer consultas por parte de empresas de porte médio, relata Spaccaquerche.
Todavia, o presidente da Abinc recomenda que cada empresa avalie com muito cuidado se precisa mesmo de uma rede privada em 5G, pois há outras tecnologias e padrões de comunicação sem fio mais baratos e que, dependendo da aplicação, dão conta do recado. O 5G é recomendado especialmente para aplicações que requeiram baixíssima latência, como no caso de caminhões autônomos em minas da Vale, ou alta velocidade de tráfego de dados, como no controle de qualidade na linha de produção da Stellantis em Pernambuco a partir da análise em tempo real de imagens com inteligência artificial. “Uma rede privada em 5G é maravilhoso, mas a empresa deve se perguntar se precisa ou não disso. Deve se questionar se o 5G faz bem para o seu negócio”, resume.
MPN Forum
O presidente da Abinc participará de painel sobre desafios e oportunidades para redes privadas móveis no seminário MPN Forum, organizado por Mobile Time, no dia 12 de julho, no WTC, em São Paulo. Ele terá a companhia de Alexandre Dal Forno, diretor de desenvolvimento de mercado IoT & 5G da TIM, e de Vinicius Caram, superintendente de outorga e recursos à prestação (SOR) da Anatel. Mais informações sobre o evento estão disponíveis em www.mpnforum.com.br