O Zuum, serviço de carteira móvel da MFS, joint-venture entre Vivo e Mastercard, cortou as tarifas de seus serviços, que ficarão de graça até 31 de dezembro deste ano. Desta forma, os 500 mil usuários do Zuum ficam isentos de pagar R$ 0,99 por envio de valores e R$ 2,90 por pagamento de conta. A tarifa de R$ 2,90 por saque, contudo, continua valendo, porque a operação gera custos para a empresa junto ao sistema financeiro. A promoção será comunicada por SMS para a base de clientes.

"Estamos dando uma janela incrível para experimentarem de graça. Espero que a utilização cresça bastante", disse Marcos Etchegoyen, CEO da Zuum. Quando as tarifas voltarem a ser cobradas, em 2016, haverá uma novidade: elas serão revertidas como bônus na Vivo como crédito para ligações on-net e acesso à Internet móvel. Até então, a reversão valia apenas para ligações on-net. A bonificação é dada somente para clientes da Vivo.

Aumento de uso

A Zuum tem notado este ano, mesmo antes da isenção das tarifas, um crescimento significativo no uso da sua plataforma pelos seus clientes. A quantidade de transações no primeiro semestre cresceu 30% em comparação com o segundo semestre do ano passado, período que normalmente é mais movimentado por causa do Natal e de festas de fim de ano. Por sua vez, o tíquete médio por usuário aumentou 112% na comparação entre o segundo trimestre de 2015 com o mesmo período do ano passado.

O executivo atribui o crescimento no uso a dois fatores: 1) o produto está ficando mais conhecido dentro da própria base, conforme seus usuários vão testando e aprendendo a utilizá-lo; 2) os usuários descobriram que o serviço do Zuum ajuda no controle das despesas, o que é cada vez mais importante nos dias de hoje. "É uma aula prática de educação financeira. Quanto mais você centraliza seus recebimentos nesse produto e através dele paga suas contas, você vê de forma intuitiva o seu fluxo de caixa. Nossas pesquisas mostram que, graças ao Zuum, as pessoas notaram despesas que não precisavam fazer", comenta Etchegoyen.

O Zuum pode ser todo controlado por USSD, através de qualquer aparelho, ou por aplicativo móvel em smartphones. Seu público alvo são profissionais liberais desbancarizados, mas há também gente das classes A e B que adotam o Zuum para o pagamento de empregados e a distribuição de mesada para os filhos.

Análise

A isenção de tarifas deve atrair mais usuários para a base da Zuum. A iniciativa lembra aquela adotada pelos apps de táxi, quando suspenderam a cobrança de tarifa por corrida para o taxista. A diferença é que no caso do Zuum não dá para manter a isenção por tempo indeterminado, porque as tarifas são sua única fonte de receita, enquanto os apps de táxi seguiram lucrando com pagamentos feitos com voucher digital ou cartão de crédito dentro do aplicativo.

Resta ver se, tal como nos táxis, os concorrentes no segmento de carteira móvel acompanharão a novidade e darão gratuidade de tarifas para seus usuários. Os principais competidores do Zuum são o Meu Dinheiro Claro e o TIM Multibank.

 

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