Os novos iPhones ainda não foram lançados no Brasil, mas os bancos brasileiros estão ansiosos para integrar seus cartões de crédito com o Apple Pay, sistema de pagamento criado pela Apple que mescla NFC e autenticação por impressão digital. MOBILE TIME conversou com duas fontes do setor financeiro que acompanham de perto as movimentações: os bancos estão muito interessados e vêm buscando mais informações sobre a tecnologia. Segundo essas fontes, vários deles querem ser os primeiros quando o serviço chegar no Brasil, mas as negociações com a Apple efetivamente ainda não começaram. A expectativa é de que o Apple Pay seja lançado no Brasil em 2015.
Nos EUA, a cada US$ 100 transacionados pelo Apple Pay, US$ 0,15 ficam com a Apple. Quem paga a conta são os bancos emissores. A ansiedade pode custar caro aos bancos brasileiros: há quem aposte que a Apple conseguirá negociar uma taxa acima de 0,15% aqui. Vale lembrar, contudo, que no Brasil o iPhone representa uma parcela pequena da base de usuários de telefonia móvel. Por outro lado, concentra consumidores de alta renda, justamente aqueles que gastam mais com seus cartões de crédito.
Outros benefícios oferecidos pelo Apple Pay para os bancos são a redução das fraudes (graças à autenticação digital e a tokenização) e a diminuição de custos com emissão e distribuição de cartões de plástico, embora esse elemento não vá desaparecer tão cedo. Uma fonte lembra também que a autenticação biométrica faz com que as transações sejam consideradas presenciais, mesmo aquelas feitas remotamente, em sites ou apps de m-commerce, por exemplo, o que reduz as taxas cobradas pelos gateways de pagamento.