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Os pagamentos por aproximação registraram um aumento de 622,5% no terceiro trimestre de 2020, totalizando R$ 14,4 bilhões em transações. No mesmo período do ano passado, foram transacionados R$ 2 bilhões. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 10, pela Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

“O pagamento por aproximação é uma boa experiência para o usuário. A pessoa simplesmente encosta o cartão de crédito, seu relógio, o smartphone, ou sua pulseira na maquininha. É simples e fácil e é um diferencial competitivo. Em 2021, o número deve crescer substancialmente”, disse Pedro Coutinho, presidente da Abecs, durante a apresentação dos números sobre o terceiro trimestre de 2020 (3T20).

Total do setor de cartões

Ao todo, entre julho e setembro deste ano, somando pagamentos com diferentes tecnologias, não apenas por aproximação, as compras com cartões de crédito, débito e pré-pagos movimentaram R$ 506,3 bilhões, um crescimento de 10% na comparação com o mesmo período de 2019. O volume total de transações foi de 5,9 bilhões, aumento de 3,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Isso mostra que as compras com cartões de débito (2,9 bilhões) e pré-pagos (253 milhões) já superam o período de pré-pandemia do novo coronavírus. Por outro lado, as compras com cartões de crédito tiveram um recuo de 7,5%, com 2,6 bilhões de transações.

Já com relação aos valores, o uso dos cartões de débito ganhou destaque durante o período, somando R$ 198,4 bilhões, um crescimento de 21,6%, acima do patamar registrado antes da crise. Os cartões pré-pagos somaram R$ 12,6 bilhões, com crescimento expressivo de 114,9%. E os cartões de crédito registraram R$ 295,3 bilhões, alta modesta de 1,1%.

A Abecs também aponta um aumento expressivo de 49,3% dos pagamentos em compras remotas, como, por exemplo, das carteiras digitais como meio de pagamento. Do montante de R$ 506,3 bilhões transacionados no terceiro trimestre com cartões, R$ 126,2 bilhões foram realizadas em compras remotas.

Máquinas POS

Coutinho apontou ainda que o País possui um parque de 11,2 milhões de maquininhas POS, número referente ao final de 2019 e que representa um aumento de 3 milhões de terminais em relação a 2018.

Acumulado do ano

No acumulado do ano, foram transacionados R$ 1,38 trilhão em pagamentos com cartões, um aumento de 5,4%. Vale dizer que os dados não incluem o valor do Auxílio Emergencial. Ao botar a contribuição do Governo Federal na conta, o número sobe em R$ 36 bilhões no cartão de débito e faz o acumulado transacionado nesta tarjeta aumentar em 8,1%.

O cartão de débito somou R$ 520 bilhões em nove meses, um aumento de 11% (sem contar o auxílio que incrementaria em 18,4%). No cartão de crédito foram R$ 836 bilhões, um aumento de 0,8%. E o cartão pré-pago acumulou no ano R$ 27,3 bilhões em transações no período, incremento de 88,2% na comparação com os nove primeiros meses do ano passado.

Pix

O presidente da Abecs também comentou sobre o Pix e as mudanças que os pagamentos instantâneos devem estimular na sociedade. “Todas as adquirentes estão trabalhando fortemente e investindo recursos para que os mais de 11 milhões de devices estejam trabalhando no primeiro dia do Pix. É capaz de 11 milhões não estarem prontas no dia 16 (de novembro data do início oficial do Pix), mas certamente terá uma distribuição desse parque por todo o País”, disse Coutinho.

Sobre o Pix ser um possível “adversário” para s adquirentes, Coutinho explicou que os pagamentos instantâneos deve resolver uma série de ineficiências do sistema financeiro. “A principal demanda do Pix não é a redução do (uso do cartão de) debito, mas deve reduzir a circulação de dinheiro, de papel (por causa do boleto bancário, por exemplo), a demora da TED e do DOC, que não faz sentido esperar, e o cliente decide como quer pagar. Hoje, quem manda é o cliente e ele vai definir se vai pagar no crédito, no débito, crediário ou Pix. Ele (o cliente) vai decidir o que é mais prático: se tirar o cartão do bolso e aproximar numa máquina ou tirar o celular, gerar um QR code e pagar com Pix”, comparou.

 

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