5 Smartphones

Ilustração: Cecília Marins/Mobile Time

| Publicada originalmente no Teletime | Operadora de banda larga que adquiriu frequências no leilão do 5G de 2021, a Unifique está projetando para o início de 2023 a entrada no mercado móvel, com operação baseada em acordos de roaming e de compartilhamento.

Parte da estratégia foi discutida em call sobre o balanço do grupo no terceiro trimestre realizada nesta quinta-feira, 10. CFO da Unifique, José Wilson Júnior, relatou que a companhia deseja iniciar a operação móvel ainda em janeiro, tendo também uma meta definida para a venda de chips.

“Vamos trabalhar muito com roaming nesse momento”, explicou o executivo, apontando que antenas próprias da companhia catarinense devem ser instaladas apenas a partir de 2026 (quando começam a vencer obrigações do edital). “Até essa data, podemos e vamos trabalhar com compartilhamento de antenas existentes”.

No modelo, o investimento em 5G projetado para 2023 é de US$ 5 milhões, considerado relativamente baixo. Além da negociação de contratos de roaming e compartilhamento, a Unifique está em meio ao processo de configuração do núcleo (core) de rede no data center da operadora e desenvolvendo in house sistemas de suporte operacional.

Banda larga

Principal negócio da Unifique, o mercado de banda larga não teve o volume “ideal” de adições orgânicas no terceiro trimestre: elas somaram 8,5 mil novos clientes, fora os 82 mil incorporados da Sygo, consolidada no balanço ao longo do período. A companhia encerrou setembro com 600 mil acessos (alta de 41% em um ano).

Parte do desafio nas adições está vindo do ingresso no Rio Grande do Sul. “Ainda não sentimos a resposta que gostaríamos de ter, mas estamos fazendo ações”, reportou Wilson Jr. No estado, um comitê com diretores e executivos de empresas adquiridas está trabalhando em estratégias. Já em Santa Catarina, a Unifique afirmou ter assumido a ponta no mercado de banda larga.

Além das casas passadas (HPs) com fibra, que totalizaram 2,2 milhões com a integração da Sygo, a catarinense também reporta o número de “portas” construídas. No terceiro trimestre, 109 mil novas portas orgânicas foram abertas, em patamar que deve crescer no último trimestre de 2022. Em 2023, a intenção da Unifique é “tirar o pé do acelerador” na cobertura de novas portas para fibra.

M&A

Já a retomada de processos de aquisição está nos planos, com processos de diligência prévia em curso ao lado de operações tanto pequenas como “coisas mais relevantes”. “Estão aparecendo boas transações”, relatou José Wilson Júnior, apontando cenário de desalavancagem da Unifique como habilitador.

Ao fim do terceiro trimestre, a Unifique tinha dívida líquida contábil de R$ 91,3 milhões, gerencial de R$ 55 milhões e relação dívida líquida gerencial/Ebitda do terceiro trimestre em 0,16x.

No período, a receita líquida do grupo passou para R$ 177,2 milhões, em alta de 47% em doze meses e 12% frente ao segundo trimestre (a redução do churn foi um dos pontos comemorados). Já o Ebitda ficou em R$ 90,2 milhões, com margem Ebitda recuando 0,6 p.p., para 50,9%.

De julho a setembro, a Unifique teve lucro líquido de R$ 31,1 milhões, em alta de 40% em um ano e queda de 8,3% na comparação com o segundo trimestre.

 

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