Em sua manifestação na Consulta Pública sobre a destinação da faixa de 3,5 GHz e seu regulamento de condições de uso, que se encerrou neste domingo, 9, o SindiTelebrasil, entidade que representa as prestadoras de telecomunicações, manifestou que as implantações de redes 5G demandarão blocos contínuos de espectro em tamanhos maiores. “Para que seja possível prover serviços básicos em 5G na faixa de 3,5 GHz, os blocos devem ter ao menos 50 MHz. Contudo, blocos de 100 MHz proporcionariam uma experiência de serviço superior.”
O sindicato segue na manifestação propondo que a Anatel considere a possibilidade de ampliar a destinação da faixa de 3,5 GHz aos serviços móveis, “complementando-a com os segmentos entre 3.300 MHz e 3.400 MHz. Essas eventuais destinações complementares estariam alinhadas aos padrões n77 e n78 do 3GPP com subfaixas entre 3.300 MHz e 3.400 MHz Essa eventual destinação complementar estaria alinhada à nova banda n78 dos padrões Rel. 15 do 3GPP”. A sugestão também foi reforçada pela Telefônica.
Já a Qualcomm destaca que “a quantidade de espectro disponível na faixa de 3,5 GHz atualmente no Brasil não atenderia a todas as operadoras existentes com 100 MHz para cada. Desta maneira, o ideal seria o planejamento em duas fases. Num primeiro momento seriam licenciados blocos menores que 100 MHz entre 3,4-3,6 GHz. Levando-se em consideração que o mesmo ecossistema desse range se aplica a toda a faixa de 3,3-3,8 GHz, sugere-se então que o Brasil considere disponibilizar mais espectro nessa faixa para o serviço móvel. Assim, num segundo momento seria possível licenciar a quantidade de 100 MHz por operador”.