Um estudo sobre o comportamento dos brasileiros a respeito de notícias falsas feito pelo DataSenado, descobriu que 79% dos usuários acompanha o noticiário pelo WhatsApp na maior parte do tempo. O app de mensageria ficou à frente da televisão (50%), do YouTube (49%), do Facebook (44%) e de sites de notícias (38%).
A pesquisa – encomendada junto às ouvidorias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal – é baseada em entrevistas telefônicas com 2,4 mil pessoas, entre 17 e 31 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com 95% de confiança.
Na análise, foi revelado que 83% dos entrevistados acreditam que os conteúdos das mídias sociais e dos aplicativos de mensageria influenciam a opinião das pessoas. E 90% consideram que as redes e os apps deixam as pessoas mais à vontade para expressar opiniões preconceituosas.
Neste cenário, 54% afirmaram que não levarão em conta informações vistas em mídias sociais e mensageiros para votar. Por outro lado, 45% disseram que, sim, vão considerar. Entre as pessoas que usaram informações em redes sociais para votar: 31% foram ao Facebook; 29% WhatsApp; 26% YouTube; 19% Instagram; 10% Twitter.
Fake News
Em relação às notícias falsas, oito em dez entrevistados (82%) dizem que checam a notícia antes de compartilhar. Em percentual similar, 83% afirmam que identificaram alguma fake news nas mídias sociais e, desses usuários, 58% dizem que a descoberta minou a confiança deles nas redes.
Nota-se que três em cada quatro entrevistados (77%) acreditam que notícias falsas ganham mais visibilidade do que as notícias verdadeiras; e 62% discordam que as mídias sociais são fontes de informação confiáveis.
Sobre identificar uma fake news, 50% acham que é fácil, 47% que é difícil e 3% não souberam responder. Para saber se a matéria é confiável, os usuários verificam a origem da notícia (73%) e a pessoa que enviou (24%).
Além disso, 96% dos pesquisados acreditam que a pessoa que compartilhou um conteúdo falso deve ser punida. Por outro lado, 69% acham que o criador da notícia falsa merece ser castigado e 68% acreditam que a rede social ou o app envolvido deve ser punido também.
Para acessar a pesquisa basta clicar aqui.