O banco do futuro será “phygital”, vai misturar o mundo físico – em um espaço que mais se assemelha a um café do que uma agência – com o virtual, permitindo o acesso a serviços e produtos via smartphones ou pulseiras inteligentes, por exemplo. Esse mesmo banco facilitará a vida das pessoas, fará recomendações inteligentes a seus clientes, seus processos serão ágeis e terá um assistente virtual personalizado. Além disso, seu chatbot de atendimento estará mais próximo de um atendimento humano e entenderá melhor o cliente, pois o conhece profundamente. Esse banco de um futuro não muito distante foi apresentado por Ramon Carcolé Sans, diretor de indústria e inovação para instituições financeiras da Oracle durante sua participação no quarto dia do 5×5 TecSummit, evento online organizado por Convergência Digital, Mobile Time, Tele.Síntese, Teletime e TI Inside, e que abordou o sistema financeiro nesta quinta-feira, 10.
Essa nova roupagem para as instituições financeiras terá como foco atrair os clientes millennials e da geração Z, cujas expectativas são bem diferentes das de outras gerações. “Temos que atrair esses clientes através de experiências completamente móveis. Eles estão sempre nos smartphones e fazem tudo no celular, assim como também as transações financeiras. Temos que atendê-los de forma personalizada. E tecnologias como a inteligência artificial permitem essa personalização. Eles também estão presentes nas redes e a experiência deles no banco deve ser semelhante àquela das redes sociais”, explicou Carcolé Sans.
O diretor de indústrias e inovação para instituições financeiras da Oracle também disse que esses clientes do futuro precisarão de um consultor financeiro. “O advisor é importante, mesmo que ele seja automatizado. Um robô teria uma boa aceitação por parte desse público”, continuou.
Outro ponto importante do banco do futuro é o conceito de marca dessa instituição financeira. “Millennials e geração Z escolhem empresas que tenham valores atrelados aos valores que eles têm”, resumiu.
As agências precisarão ser reformuladas e transformadas em “centros de experiências e relacionamento”. Esses espaços serão a junção dos mundos físico e digital, ou phygital (na junção das palavras em inglês). E, por meio de um smartphone, será possível: identificar a agência mais próxima graças à geolocalização; saber qual a agência com menos pessoas e, portanto, saber onde será atendido mais rapidamente; entrar numa dessas agências e ser identificado imediatamente por meio do celular, sendo cumprimentado de forma personalizada; e iniciar um processo num dispositivo móvel e, ao chegar no atendimento físico, finalizá-lo de forma mais rápida. “Os mundos físicos e digital não estão separados. Portanto, a tecnologia ajuda a habilitar essa transformação”, completou Carcolé Sans.
O banco do futuro também vai aproximar as pessoas por meio de transações P2P, unir as empresas, seus sócios e fornecedores através da facilidade de transferências com modelos de open banking, mas também reunirá grupos a partir do conceito de social banking, facilitando a criação de comunidades para pessoas e empresas em ecossistemas. “O banco vai além do seu propósito inicial e estará imerso no sistema de consumo das pessoas e no ecossistema de negócios das empresas. Ele agrega valor além do financeiro, podendo adquirir produtos no próprio portal bancário graças a modelos de open banking”, resumiu o diretor da Oracle.
5×5 TecSummit
O 5×5 TecSummit é um evento online organizado nesta semana em uma parceria de cinco sites de jornalismo especializado em TI e telecom: Convergência Digital, Mobile Time, Tele.síntese, Teletime e TI Inside. O seminário discute tendências em tecnologia em cinco verticais: governo, saúde, energia, finanças e entretenimento. Nesta sexta-feira, 11, o 5×5 TecSummit debaterá inovações no setor de entretenimento.