Presidente do RappiBank no Brasil, João Paulo Félix

Presidente do RappiBank no Brasil, João Paulo Félix

[Atualizado às 10h50 do dia 12/01/2020] Recém-chegado ao universo das fintechs, o RappiBank tem a pretensão de ser um banco digital completo. Em conversa com Mobile Time nesta segunda-feira, 11, João Paulo Félix, presidente do banco do Rappi no Brasil, detalhou como a companhia pretende oferecer a seus clientes pessoa jurídica e pessoa física serviços e produtos financeiros.

“O Rappi quer ser o super-app da América Latina. Na nossa cabeça, isso tem convergência com produtos financeiros. Para um ecossistema continuar se desenvolvendo em alta velocidade, larga escala, parceiros e aliados engajados, nós precisamos de produtos e serviços financeiros. Por isso a ideia de lançar o RappiBank”, diz Félix. “O banco é uma nova vertical do Rappi. Assim como temos o marketplace, viagens e entretenimento, nós vamos oferecer produtos financeiros para aliados (comerciantes PJ) e consumidores (PF). Queremos nos tornar um banco digital completo”, completa.

Neste primeiro momento, o RappiBank começa como correspondente bancário de instituições financeiras para oferecer a conta PJ – empréstimo e antecipação de recebíveis -, em parceria com bancos, mas sem estar regulado diretamente no Banco Central. Além de atuar como correspondente, a instituição tem Fundo de Investimento em Diretório Crédito (FIDC) próprio. Para pessoa física, o Rappi emitirá cartão de crédito da Visa.

O cronograma para se tornar um banco completo é curto. De acordo com Félix, o RappiBank pretende solicitar licenças de instituição de pagamento e sociedade de crédito direto junto ao Banco Central ainda no primeiro trimestre de 2021.

“O objetivo de ser um banco completo é sempre olhando para dentro do ecossistema (clientes e comerciantes associados). Queremos desenvolver novos produtos com sentido para o ecossistema, como seguros para e-commerce, restaurantes e farmácias”, afirma. “O RappiBank vem para complementar o Rappi, queremos oferecer produtos e serviços financeiros para nossos aliados e consumidores”, conclui.

Serviços e produtos

Nos primeiros três meses de 2021, o presidente do RappiBank explica que haverá lançamentos de produtos para clientes PJ e PF. Em janeiro, a companhia lança a opção de empréstimo de capital giro para PJ, e a antecipação de recebíveis chega em fevereiro; aos clientes PF, em março, será o lançamento do cartão de crédito.

Para PJ, a prerrogativa é ser parceiro da Rappi. Por outro lado, o cliente PF é uma figura diferente. Embora seja necessário ter cadastro no Rappi para ter seu cartão de crédito, o consumidor pode iniciar o processo sem ser um cliente Rappi: “Mas é importante dizer que não teremos um outro app. Todo o processo do banco será dentro do app do Rappi (Android, iOS)”, elucidou o executivo.

Nas primeiras 72 horas de campanha de lançamento do RappiBank, a fintech recebeu “dezenas de milhares de pedidos” de cartão de crédito de PF. Agora, eles formam uma lista de espera. Neste caso, a ação é gamificada, e os usuários que mais pontuarem (ao compartilhar os links e seguir o banco as redes sociais) e após aprovação, os consumidores receberão primeiro a tarjeta que traz uma oferta atrativa de cashback (3% de retorno nas compras no Rappi e 1% fora do Rappi com o Visa Gold ou 5% de cashback no Rappi e 2% fora com o Visa Infinite).

 

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