A Sinch e a Aduna, joint-venture criada entre Ericsson e diversas operadoras móveis globais, firmaram uma parceria estratégica para a comercialização de APIs do Open Gateway. Pelo acordo, a Sinch poderá integrar à sua plataforma de serviços diversas APIs de rede disponíveis nas operadoras que compõem a Aduna, como América Móvil, AT&T, Bharti Airtel, Deutsche Telekom, Orange, Reliance Jio, Singtel, Telefonica, Telstra, T-Mobile, Verizon e Vodafone.
APIs como a de verificação de número móvel e SIM Swap têm bastante sinergia com os clientes corporativos da plataforma de comunicação como serviço (CPaaS) de Sinch, auxiliando na autenticação silenciosa dos consumidores finais e evitando fraudes.
Cabe lembrar que a Sinch não é a única parceira da Aduna. Google Cloud e Vonage (subsidiária da Ericsson) também estão conectadas à Aduna e podem comercializar as APIs.
Análise sobre modelos de negócios no Open Gateway
A criação da Aduna aponta para o surgimento de um novo tipo de player no ecossistema do Open Gateway: o integrador de APIs. Seu papel, na prática, é facilitar a contratação e acesso a múltiplas operadoras ao redor do mundo ao mesmo tempo. Ela funciona como uma ponte entre as empresas que comercializam soluções integradas às APIs, como a Sinch, e as operadoras. Neste caso, a aquisição de clientes corporativos para consumirem às APIs cabe a esses parceiros. É um modelo B2B2B2B: operadora-integradora-CPaaS-cliente corporativo.
Este com certeza não será o único modelo de comercialização do Open Gateway. Há várias plataformas de CPaaS que estão se conectando diretamente às teles e dispensarão integradores, ou atuarão elas próprias como integradores. E haverá casos também em que as operadoras venderão as APIs diretamente ao cliente corporativo, o que talvez faça sentido em contratos com grandes bancos, com os quais já existe um relacionamento corporativo.
A ilustração no alto foi produzida por Mobile Time com inteligência artificial
