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A 99 (Android, iOS) apresentou um posicionamento nesta sexta-feira, 11, para reduzir junto aos motoristas os impactos do aumento dos combustíveis. A companhia dará um aumento de 5% no quilômetro rodado para os motoristas no País.

“Este acréscimo será implementado nos próximos dias, em todas as 1,6 mil cidades onde a 99 atua no Brasil. Sabemos que cada km conta”, diz a companhia, em nota enviada a Mobile Time.

A empresa que intermedeia corridas particulares afirma ainda que continua valendo o pacote “Mais Ganhos 99”, que oferece 100% do valor das corridas em períodos e cidades específicas, além de ganhos com taxa de congestionamento, taxa de deslocamento e valor custeado pela 99 superior àquele pago pelo passageiro em algumas corridas.

De forma paralela, a empresa testa uma solução de subsídios para acompanhar a flutuação dos combustíveis – para cima e para baixo.

Entenda – Crise do Petróleo

A escalada na guerra entre Rússia e Ucrânia tem afetado o preço de commodities no mundo todo, seja pelos embargos na Rússia – um dos maiores produtores de gás e petróleo do mundo –, efeitos na cadeia de distribuição ou aumento da demanda para outros países exportadores de petróleo.

“Adicionalmente, a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, disse a Petrobras em nota publicada na quinta-feira.

Como resultado, a companhia brasileira de petróleo e gás repassou os seguintes aumentos aos distribuidores:

  • Preço médio do litro da gasolina saltou de R$ 3,25 para R$ 3,86, alta de 17,5%;
  • Preço médio do litro do diesel passou de R$ 3,61 para R$ 4,51, aumento de 25%;
  • Preço médio do quilo do gás de cozinha sai de R$ 3,86 para R$ 4,48, incremento de 16%;

O diesel e a gasolina sobem após um último reajuste feito há pouco menos de dois meses (57 dias) e o gás de cozinha há cinco meses (152 dias). Os aumentos anteriores ocorreram principalmente pelos reflexos dos problemas macroeconômicos no Brasil agravados pela pandemia do novo coronavírus e o custo operacional da Petrobras.

No mercado financeiro, a Petrobras registrou baixa de 3,6% no valor da ação, que fechou a R$ 32,5, nesta sexta-feira. E o Ibovespa teve um recuo de 1,72%. O dólar fechou em alta de 0,74%, avaliado em R$ 5,05. Por sua vez, o destaque no cenário global é o barril de petróleo Brent – referência mundial para preço desta commodity – que registrou um aumento de 2,75% e passou a valer US$ 112.

Vale lembrar, o valor reajustado pela Petrobras não considera taxas e outros encargos que os postos de gasolina colocam na bomba. Ou seja, o repasse para o consumidor é sempre maior que o preço médio praticado pela estatal. Para efeito de comparação, os postos de gasolina estão praticando preços próximos dos R$ 8 na cidade de São Paulo. Como reflexo, o Brasil voltou de vez ao cenário da década de 1980 com filas em postos de gasolina antes do aumento, uma vez que os motoristas estavam com medo da alta.

 

 

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