A Uber (Android, iOS) e a Polícia Militar do Rio de Janeiro assinaram um termo de cooperação para coibir ações criminosas a partir de chamadas no aplicativo. Nele, o app de transporte colocará o botão “ligar para a polícia” e vai redirecionar a chamada para o Centro de Controle Operacional da PM (Cecopom), responsável pelo serviço 190.
O projeto está em fase piloto e começará na Baixada Fluminense. Em seguida, deverá seguir para outras regiões do estado, gradualmente.
Tanto o usuário quanto o motorista terão acesso ao botão “ligar para a polícia”. Ao apertá-lo, os operadores de serviço de emergência vão receber a localização em tempo real do celular e os dados da viagem em que foi originada a chamada. Ou seja, não haverá a necessidade de a pessoa explicar nada verbalmente ao atendente e as informações do veículo, do usuário e do motorista estarão expostas na tela do computador.
Ainda faltam algumas etapas para que o botão “ligar para a polícia” entre em vigor. Entre elas, o treinamento para os operadores do Cecopom e a integração tecnológica.
Como funciona
A ferramenta se serve de sinais de localização disponíveis nos celulares e utilizados na navegação do aplicativo, incluindo GPS e pontos de Wi-Fi, para determinar o posicionamento dos dispositivos de forma mais precisa. Além da localização em tempo real, o Cecopom terá acesso a informações da viagem no momento em que o botão for acionado: placa, marca, modelo e cor do veículo, nomes do motorista e usuário, além do número do telefone.
A parceria contou com a tecnologia fornecida pela RapidOS, empresa que desenvolveu uma plataforma de dados de resposta a emergências. Essa plataforma liga os dados críticos de qualquer dispositivo conectado ou aplicativo móvel diretamente ao serviço de resposta a emergências.
Esse tipo de integração é inédita no Brasil, mas já é realidade em mais de 1,2 mil cidades dos Estados Unidos e de 29 estados no México.