Se o leilão de 5G acontecesse hoje, talvez o governo não recebesse uma única proposta e acabasse vazio, disse Basílio Perez, conselheiro da Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet), durante live promovida pelo Teletime, nesta segunda-feira, 11.
“Hoje não existe previsibilidade para investimento de nenhum setor. Difícil apostar no futuro com tantas incertezas pairando sobre o mercado. Acredito que o mais sensato seria que o leilão acontecesse no começo do ano que vem”, comentou Perez durante a transmissão.
O governo federal, por sua vez, gostaria que o leilão acontecesse o quanto antes, por entender que a tecnologia ajudará o País na retomada da sua economia, mas admite que é necessário monitorar o desdobramento da crise. “O 5G será um catalisador da recuperação econômica. Temos isso muito claro em relação ao leilão e aos recursos que o 5G trará com novas tecnologias e movimentação do mercado. Vemos o 5G como um dos socorros que teremos pós-pandemia. Se fosse hoje, o leilão deveria acontecer conforme planejado. Porém, não sabemos como estaremos daqui a quatro a cinco meses: temos que avaliar diariamente. O leilão tem que acontecer o quanto antes, mas desde que tenhamos um cenário favorável a isso”, disse Vitor Menezes, secretário de telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnolpgia, Inovações e Comunicações (MCTIC), presente no mesmo debate.