XP

Thiago Maffra, novo CEO da XP. Foto: divulgação

Prestes a assumir o comando executivo da XP (AndroidiOS) na próxima quarta-feira, 12, Thiago Maffra comandará a companhia com foco na elaboração de produtos e serviços financeiros e no avanço da digitalização, como o executivo afirmou em coletiva com a imprensa nesta terça-feira, 11.

“O primeiro (foco) é a expansão de novos produtos na plataforma. Somos um player relevante de investimentos, reinventamos esse universo. Agora o desafio é em novos produtos, como conta digital, cartões de crédito. Vamos adicionando novos serviços e ampliando a base de clientes”, afirmou Maffra. “O segundo foco é a digitalização dos usuários, que sempre dá para evoluir. Focaremos na construção de business units, de modo a descentralizar a empresa, com mini-startups que estarão próximas ao cliente, porque eles conseguem entender as dificuldades, pegar feedback etc”, concluiu, ao dizer que o relacionamento com o time é o terceiro grande foco.

Para Guilherme Benchimol, que deixa o comando para presidir o conselho da companhia, um dos motivos para efetivar Maffra de CTO para CEO é o fato de que a XP avança para ser uma empresa de tecnologia.

“Quando se coloca uma pessoa de tecnologia no centro da companhia, isso deixa a companhia mais forte”, relatou Benchimol. “Quando o Maffra vira CEO, todos entendem que o pensamento e que a forma de construir os negócios é diferente a partir de agora”.

Estratégia

De acordo com Maffra, a expectativa da companhia é cobrir, em médio prazo, a totalidade de R$ 800 bilhões do mercado financeiro com serviços e produtos financeiros da fintech, sendo que atualmente a XP atua em R$ 100 bilhões desse segmento. Sobre como pretende avançar, o novo CEO da fintech atrela essa estratégia ao cronograma de lançamentos da companhia.

“Queremos lançar nos próximos meses a conta digital completa com Pix, o cartão de débito e a conta-salário. Pessoa jurídica é algo que investimos bastante, queremos ser referência nesse mercado, como fizemos no mercado PF. E o terceiro para nós é o crédito”, explicou Maffra. “Não temos um cronograma para avançar nos outros R$ 700 bilhões do mercado financeiro, é um plano de médio prazo. É uma ordem cronológica sinérgica com a XP, como foi o crédito em paralelo com a parte de investimentos”, concluiu.

Benchimol disse também que a XP manterá como foco o crescimento orgânico, mas, eventualmente, a companhia está “aberta a buscar oportunidade e acoplar posições que deixem o nosso negócio mais forte”, ou seja, fazer aquisições ou fusões. E sobre a possível proposta de compra da unidade brasileira do Credit Suisse, o presidente do conselho da empresa disse que não poderia comentar.

 

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