O Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz) decidiu enviar ao conselho diretor da Anatel uma recomendação para prazo adicional de 60 dias para início do uso da faixa de 3,5GHz no 5G.
O motivo técnico alegado foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria para a realização da mitigação de interferências – o prazo original para a liberação da faixa que permite a ativação do 5G era 30 de junho. E o cumprimento das primeiras metas (obrigações) de ativação de ERBs era 31 de julho de 2022. Se os prazos adicionais forem aprovados, as datas passam a ser 29 de agosto e 29 de setembro deste ano, respectivamente.
Segundo a Anatel, “a EAF (Entidade Administradora da Faixa) de 3,5 GHz explicou que o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto”.
O grupo, no entanto, não fala em “atraso” da implantação do 5G, uma vez que ainda há a possibilidade de antecipação da liberação do uso de faixa em determinadas áreas de prestação – que vai depender da avaliação da EAF e aprovação prévia do próprio Gaispi. O edital do 5G também já previa a possibilidade de adiamento em 60 dias do prazo máximo de início da tecnologia.
