Nem carrinho de supermercado, nem fila do caixa: se depender de uma solução da brasileira That One, o processo de compras em lojas físicas necessitará apenas de um smartphone. Batizada de "Scan2buy", a solução entrará em teste piloto dentro de algumas semanas na loja de uma empresa do ramo de importação e distribuição de alimentos em São Paulo, cujo nome ainda não pode ser revelado.

Em vez de empurrar um carrinho de supermercado, o consumidor usará um aplicativo instalado em seu smartphone para "scanear" os códigos de barra dos produtos que deseja adquirir e que estarão presentes nas prateleiras da loja. Através do mesmo aplicativo, feito sob medida para a rede de alimentos, o consumidor finaliza a compra, pagando com cartão de crédito, débito em conta ou boleto bancário. A solução está integrada com redes de adquirência e bancos por meio de uma plataforma de pagamentos digitais. Pelo app, o consumidor poderá indicar um endereço para entrega das compras, ou retirar as mercadorias mais tarde na loja, apresentando comprovante dentro do software. Em vez de um cupom fiscal impresso, será enviada uma nota fiscal eletrônica para o email do comprador. "Nosso modelo gera uma redução de custos. Esse nosso cliente não vai precisar de caixa e nem de impressora fiscal", comenta Denis Furtado, diretor da That One.

O app estará disponível inicialmente para iOS e, mais tarde, para Android e BlackBerry. Os consumidores que não tiverem smartphones poderão ser atendidos por um vendedor que portará um iPad, no qual serão formulados os pedidos e realizados os pagamentos. A versão para vendedores se chama "Scan2order". A princípio será preciso fornecer o número do cartão de crédito, mas a That One estuda a possibilidade de adotar um acessório para leitura de cartões similar ao norte-americano Square, que transformaria o tablet do vendedor em uma máquina de POS.

A That One possui ainda o "Scan2List", voltado à elaboração de listas de casamento, mas ainda sem nenhum projeto piloto à vista no Brasil. As três soluções foram desenvolvidas com a plataforma GeneXus.

Projeções

A expectativa de Furtado é de realizar dez implementações de sua solução este ano no País. A empresa leva em média 30 dias para customizar o app com a marca do cliente e integrá-lo aos seus sistemas. Se o cliente usar SAP, a integração pode ser até mais rápida, diz. A That One cobra uma taxa de set-up e integração, além de uma mensalidade por ponto de venda. O executivo projeta uma receita de R$ 1 milhão com o licenciamento do produto até o fim do ano que vem.

 

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