A payleven espera esgotar em 10 dias as 10 mil unidades do primeiro lote da sua nova máquina de mPOS, batizada como payleven Mais. O aparelho, cujo lançamento aconteceu nesta segunda-feira, 11, está sendo vendido com o preço subsidiado de 12 parcelas mensais de R$ 9,90 – depois de esgotado esse lote, o preço sobe para R$ 19,90. Ainda assim, custará menos que o modelo mais barato até então da empresa, vendido a 12 parcelas de R$ 29,90. Foi possível praticar um preço baixo porque a máquina é fabricada no Brasil, na Zona Franca de Manaus, o que reduz a carga tributária, e porque ela não tem o leitor de carga magnética, que é um dos componentes mais caros dos outros modelos.
"Por incrível que pareça, o leitor de tarja magnética é mais caro que o processador da máquina. Isso porque se trata de uma tecnologia analógica que precisou ser adaptada às novas regras de segurança, com criptografia no momento da leitura do cartão", explica Igor Marchesini, CEO da payleven. O executivo não crê que o leitor de tarja fará falta, afinal, a esmagadora maioria dos cartões de crédito no Brasil possuem chip. Ele estima que menos de 1% trabalham somente com tarja. E mesmo a demanda por parte de turistas norte-americanos com cartões com tarja vai cair, já que os EUA estão migrando finalmente para modelos com chip por uma exigência regulatória local.
A confiança da empresa de que o primeiro lote acabará rapidamente vem de sua própria experiência. Algum tempo atrás, quando baixou o preço de sua máquina antiga de 12 parcelas mensais de R$ 39,90 para 12 parcelas de R$ 29,90, as vendas dobraram. "Para você ver a elasticidade desse mercado", comenta. O resultado nas primeiras horas de venda da payleven Mais surpreendeu e o site da companhia chegou a sair do ar por alguns minutos.
Outra característica importante da nova máquina é sua tela que não emite luz, similar ao Kindle, o que poupa bateria.
A payleven Mais é fabricada pela Pax. A payleven não tem exclusividade em sua venda. Logo, é possível que outros concorrentes a adotem nos próximos meses. Mas a competição não preocupa Marchesini. "Este é um mercado que ainda tem pouca canibalização, pouca competição entre marcas. Recentemente, um dos nossos grandes concorrentes baixou o preço de sua máquina de R$ 29,90 para R$ 19,90 por mês e mesmo assim junho foi o nosso mês recorde em vendas", comentou.
Fusão
Em abril, payleven e SumUp anunciaram a sua fusão. Por enquanto, as duas empresas seguem operando separadamente, mas o plano é que sejam integradas em torno da marca SumUp no futuro. Ambas operam no azul e somam 260 mil clientes que transacionam R$ 1 bilhão ao ano. Marchesini projeta chegar em dezembro com um volume anualizado de R$ 2 bilhões em transações.
A integração é a grande prioridade das duas companhias nos próximos 12 meses, diz o executivo. É preciso definir quais serão as taxas praticadas e a estratégia comercial da empresa resultante da fusão.