Ilustração: Nik Neves

A VaideBus é uma startup de venda de recarga de transporte público dentro do WhatsApp e uma das primeiras a usar a ferramenta de pagamento nativo dentro do app de mensageria no Brasil. Nascida dois anos e meio atrás, a empresa opera hoje em cinco cidades, incluindo São Paulo e Curitiba, e registra 200 mil recargas vendidas por mês. A empresa espera chegar ao fim deste ano presente em 15 a 20 cidades e comercializando 500 mil recargas por mês, ou mais de 15 mil por dia, informa seu fundador e CTO, Fernando Souza, em conversa com Mobile Time. E também tem planos de vender passagens para transporte rodoviário e fluvial.

Em cada cidade onde atua, a VaideBus fecha parceria com a empresa local de bilhetagem de transporte público e adota um número telefônico com DDD local para usar no WhatsApp, o que é importante para a credibilidade do serviço, destaca Souza.

A venda por WhatsApp facilita a vida do passageiro, que não precisa se descolar até um terminal para fazer a recarga, e nem mesmo precisa instalar um aplicativo novo em seu smartphone.

“Um aplicativo para fazer recargas não funcionaria bem, porque o brasileiro não tem dados moveis, não tem memória no celular e não quer baixar um app novo para uma jornada que realiza apenas uma vez por mês”, explica Souza.

“Preciso prestar um serviço com qualidade e disponibilidade altas. O WhatsApp já está instalado (no smartphone do usuário). A pessoa não precisa se preocupar em instalar outro app, ou em aprender a usá-lo, e nem mesmo em ter plano de dados. Democratizamos mais ainda a recarga”, completa.

Depois de feito o cadastro no primeiro acesso, é possível fazer uma recarga em apenas três mensagens no WhatsApp, afirma o executivo.

Meio de pagamento dentro do WhatsApp

Desde o começo da sua operação, a VaideBus oferecia pagamento por Pix, mas parte dos seus usuários tinha dificuldade com o processo de copiar e colar o código para pagamento no app de banco. Com o WhatsApp Pay, isso foi facilitado, pois o código é copiado automaticamente.

“Muitos usuários não conseguiam copiar o código de forma adequada, mesmo a gente mandando uma descrição com passo a passo. Na região Norte tínhamos 15 chamadas por dia de gente que não conseguia fazer o pagamento. Com o Pix por WhatsApp, diminuímos para zero”, relata o CTO da VaideBus.

O WhatsApp Pay permite pagamentos por Pix, cartão de crédito e cartão de débito. Na VaideBus, 98% das recargas são feitas com Pix.

Em 30 dias, a adoção do WhatsApp Pay fez aumentar em 8% o volume de recargas nas praças onde a VaideBus atua e elevou a recorrência das recargas em 12%.

vaidebus

Reprodução do site da VaideBus

Modelo de negócios da VaideBus

O modelo de negócios varia em cada praça, dependendo do acordo com as empresas locais de bilhetagem. Em algumas a VaideBus pode cobrar taxa de conveniência, em outras, não, por exemplo. Mas em todas se trata de um negócio que depende de escala, com a startup ficando com uma participação pequena por recarga.

A VaideBus atualmente utiliza a Rede como rede de adquirência dentro do WhatsApp. E se encarrega dos custos da comunicação dentro do app de mensageria. Vale lembrar que o WhatsApp não cobra pelo uso do WhatsApp Pay, mas por cada sessão de conversa – mesmo aquelas iniciadas pelo consumidor e que não resultem em uma venda.

Super Bots Experience

Fernando Souza participará do painel “Comércio conversacional: os bots com metas de vendas”, durante o 10º Super Bots Experience e Fórum de Autoatendimento Digital, evento organizado por Mobile Time que acontecerá nos dias 7 e 8 de agosto, no WTC, em São Paulo.

Estão confirmados nesse painel:

Caio Borges, country manager Brasil, Infobip

Fernando Souza, fundador e CTO, VaideBus

Roberto Oliveira, CEO, Blip

Rodrigo Toscano, gerente de desenvolvimento de negócios Latam, WhatsApp

A agenda atualizada e mais informações sobre o evento estão disponíveis em www.botsexperience.com.br

 

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