Para evitar ciúmes com suas parceiras, dois amigos – que praticam academia – tiveram a ideia de criar o aplicativo Body Place (Android e iOS), uma espécie de ‘rede social do corpo’ que possui mais de 26 mil usuários ativos e pretende chegar a 100 mil deles até o fim de 2016.
De acordo com Demétrio Guilardi, sócio-fundador da aplicação, o uso do Instagam para fitness e body builder (pessoa que tenta modelar o corpo com exercícios físicos) dava ciúmes nas mulheres, ao verem seus parceiros curtindo fotos de mulheres “esbeltas”.
“As pessoas começavam a criar contas falsas no Instagram para seguir mulheres”, ressaltou o desenvolvedor. “O Body Place é um espaço para o cara que está começando na academia, as mulheres, profissionais de bem-estar e até para o usuário que é body builder para que possa curtir as fotos sem gerar mal-estar”.
O executivo afirma que o formato de seu aplicativo é “uma mistura entre o Instagram e o Tinder”, por exigência da App Store para dar uma melhor experiência ao usuário. Além de a pessoa poder postar e curtir as fotos, o Body Place possui um sistema de medalhas por conquistas – como primeira postagem – e um filtro que permite aos seus usuários darem curtidas por gênero ou região do corpo – abdomens, costas, braços e pernas.
“Temos um bom retorno das pessoas que estão usando o aplicativo, mas queremos melhoras”, disse Guilardi. “Nós queremos mostrar o ‘antes e depois’ de a pessoa começar a praticar exercícios. A plataforma vai propiciar que isso aconteça”.
Como próximo passo para começar a ter o crescimento esperado, o aplicativo deve ganhar opção de postagem de vídeo e de curtidas tipo ‘matches’, igual ao Tinder, além de melhoria no agrupamento de sugestão. Algo que deve acontecer na próxima atualização do Body Place, em algumas semanas.
Monetização
Ao todo, R$ 220 mil foram gastos no desenvolvimento do aplicativo que foi criado por duas empresas de Brasília, Guilardi Mob e Verde Source. Para o próximo ano, eles pretendem criar um escritório para a equipe do app. Por equanto não há planos de monetização do app.
Na visão do sócio-fundador, a sua empresa deve buscar por parcerias com redes de academia e companhias de saúde e fitness para desenvolver seu negócio e conseguir alcançar uma meta de 15 mil novos usuários por mês até o fim do ano. Uma das primeiras parcerias que a empresa foi com a marca de cosméticos Hinode, que deu R$ 3,6 mil em produtos da fabricante aos seus usuários por meio de sorteio.
“O aplicativo não foi feito só para body builders, ele foi feito para pessoas que querem se sentir bem com o próprio corpo”, frisa Guilardi.
Vale lembrar que nas últimas semanas a curiosidade em torno dos Body Builders e usuários de academia cresceu, após o sucesso de um vídeo humorístico de Kléber Bambam, ex-BBB e adepto da modalidade.