Para a fornecedora de chipsets e processadores Intel, a tecnologia 5G já está começando a virar realidade com a transformação da arquitetura tradicional das redes para uma infraestrutura mais centrada em software. Mas não significa que as demais gerações de redes móveis vão sumir, assim como 2G e 3G continuam a coexistir com a 4G. “Os investimentos em LTE não vão sumir, pensamos mais como uma tecnologia complementar”, ponderou a vice-presidente e gerente geral da área de plataformas de rede da Intel, Sandra Rivera, em conversa com jornalistas durante evento 5G Summit, que acontece nesta terça-feira, 11, em Los Angeles, Estados Unidos.

A executiva entende que a chave para a transformação da rede em um ambiente escalável com recursos como virtualização (NFV), redes definidas por software (SDN) e cloud, é necessária para a implantação da 5G. Há ainda a necessidade de mais espectro do que nunca. “A eficiência e as novas tecnologias estão melhorando esses elementos críticos, haverá uma combinação com inovações tecnológicas e novas políticas para realocação ou refarming”, explica.

A “jornada” para essa transformação começa no core de rede, mas vai até o fim da estrutura, onde há um grande espaço para a virtualização. “A rede de acesso é talvez a mais complexa e urgente de virtualizar para obter vantagens com programabilidade, escalabilidade, agilidade e flexibilidade”, destaca Rivera. “E ainda é a maior parte do Capex das operadoras móveis”, complementa.

Para o vice-presidente de marketing de redes e comunicações da Nokia, Phil Twist, haverá casos em que a 5G chegará como a única rede móvel, como na automação da indústria. Porém, a implantação em larga escala será com complementaridade de outras tecnologias. “Vamos ficar mais inteligentes com compartilhamento de espectro. O uso do massive MIMO (múltiplas entradas múltiplas saídas), por exemplo, é agnóstico: se quiser usar a tecnologia 4G, pode. E vamos continuar a usar Wi-Fi e espectro não licenciado”, declara.

Twist ressaltou ainda que há desafios. Ele cita a padronização do release não standalone (NSA) no 3GPP, afirmando que aconteceu primeiro apenas porque era mais fácil, uma vez que a recepção e transmissão de ondas milimétricas (mmWave) em plataforma móvel ainda é “complicada”.

 

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