Cariocas não gostam de sinal fechado. Nem de engarrafamentos e muito menos de perder tempo no trânsito do Rio de Janeiro. O Waze veio para ajudar os motoristas apressadinhos e que querem adiantar suas viagens, nem que seja em 2 preciosos minutos. Não à toa que a cidade pareceu à empresa do Google ideal para servir como benchmarketing para seu projeto chamado Connected Citizen Program (CCP): é uma grande cidade, apresenta um trânsito caótico, muito engarrafado e com infraestrutura precária. Ou seja, há muito o que fazer para melhorar seu trânsito. Para complementar, no Rio, há cerca de 1 milhão de usuários ativos mensais do aplicativo, que dirigem mais de 150 milhões de quilômetros por mês, e que enviam 550 mil alertas durante esse mesmo período.

Segundo a head de marketing Flávia Rosário, “a paisagem e a infraestrutura rodoviária do País criam desafios que o Waze ajuda a mitigar”. E o Rio de Janeiro acaba sendo uma versão reduzida desse caos rodoviário.

O CCP existe há cerca de três anos. Ele acontece em parceria com o Centro de Operações Rio. Trata-se de uma troca de dados entre o app e o poder público. O Waze passa informações coletadas direta ou indiretamente por seus usuários sobre engarrafamentos, notificações de perigos na via, entre outras mazelas que possam surgir. Em contrapartida, o poder público notifica antecipadamente o aplicativo sobre possíveis fechamentos de vias, eventos públicos, mudança de direção de uma rua, mas também fornece informações sobre construção civil, acidentes e fechamentos de rotas em tempo real.

A proposta do CCP é oferecer ao poder público um olhar em tempo real das vias da cidade e levar dados sobre o tráfego dos motoristas, fluxo, horários de pico, por exemplo. Fazer o uso dessas informações pode significar melhorias nos congestionamentos e permitir aos órgãos competentes a tomada de decisões de planejamento.

“O CCP auxilia as cidades a entender melhor o tráfego em tempo real e, a partir dos alertas dos motoristas, atuar rapidamente em situações de emergência. Como parte do programa, o Waze envia relatórios de tráfego mostrando o cenário das vias para os Centros de Operações das cidades, ajudando o parceiro a planejar-se e oferecer melhores serviços aos seus cidadãos”, resume Rosário.

O projeto também está presente em 72 cidades dos Estados Unidos, tem onze parceiros na América Latina, sendo quatro no Brasil (Rio, Petrópolis, Vitória e Juiz de Fora), 11 na Europa, dois no Oriente Médio, e dois na Ásia-Pacífico. Juntos, são mais de 500 parceiros em todo o mundo e 1 bilhão de pessoas são ajudadas pelo Connected Citizen Program.

Case: Olimpíadas

O Waze e a prefeitura do Rio trabalharam juntos para tentar amenizar as dificuldades que os motoristas – da cidade e os 1 milhão de turistas que vieram ao Rio – enfrentariam antes e durante o período das Olimpíadas. Ainda na época dos pré-eventos, foram desenvolvidas funcionalidades no aplicativo para oferecer aos wazers informações em tempo real sobre as condições de trânsito em todos os momentos, como bloqueios de ruas, etc.

A Central de Operações (COR), a CET-Rio e a redes de editores de mapas sentaram por meses para montar um planejamento. “Antes de agosto de 2016 foram repassados 45 mil novos alertas de lugares e 3 mil alertas de vias atualizadas ou adicionadas pelos editores de mapa. De 31 de julho a 21 de agosto, contabilizamos o acréscimo de mais de 50 mil edições ao mapa, mais de 250 mil alertas de trânsito lento e mais de 7 mil acidentes”, explica Rosário.

Durante os jogos, o Waze usou uma nova API para atualizar automaticamente o mapa do app com fechamentos de estradas; registraram mais de 430 fechamentos de ruas, o que significou algo em torno de 342 quilômetros de via, em 41 bairros diferentes da cidade. Houve uma diminuição entre 24% e 27% do congestionamento das viagens nesse período.

Números globais
Hoje, em todo o mundo, o Waze possui 90 milhões de usuários que percorrem 18 bilhões de quilômetros rodados. Cerca de 360 mil voluntários ajudam com alertas e criam os mapas usados no aplicativo.

 

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