A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) anunciou nesta quarta-feira, 11 de dezembro, que recebeu sua maior doação individual na história: R$ 35 milhões da Fundação Behring, organização filantrópica voltada ao desenvolvimento do Brasil por meio da educação em tecnologia. O valor será utilizado para a criação do Instituto de Inteligência Artificial, um dos primeiros centros de ensino e pesquisa inteiramente dedicados à IA com sede própria em uma universidade brasileira.
A iniciativa inclui a construção do Edifício Behring, um prédio de 3,3 mil m² com infraestrutura de ponta, projetado pela Bernardes Arquitetura, que ficará instalado no campus da universidade. O instituto será dedicado à formação interdisciplinar e ao desenvolvimento de projetos em inteligência artificial (IA), abordando desde aspectos técnicos até implicações éticas e socioeconômicas, e contará com espaços de trabalho, salas de aulas e laboratórios de ponta em IA.
A PUC-Rio possui desde 2021 uma parceria com a Fundação Behring, oferecendo bolsas de estudo para mais de 30 alunos, tanto no Brasil quanto no exterior. Com o novo Instituto, o objetivo será formar uma rede interdisciplinar de professores, pesquisadores e alunos, em um ambiente com uma infraestrutura de ponta.
Prevista para iniciar no segundo semestre de 2025, o curso de bacharelado em IA terá uma abordagem multidisciplinar, envolvendo docentes de matemática, informática, engenharia elétrica e industrial. A turma piloto contará com uma ampla oferta de bolsas de estudo, com a meta de alcançar 100 vagas anuais nos anos seguintes.
A criação do Instituto de Inteligência Artificial surge em sintonia com o Plano IA para o Bem de Todos, lançado pelo governo federal em 2023. A iniciativa busca impulsionar o desenvolvimento de IA no Brasil em diversas áreas, com investimentos previstos de até R$ 23 bilhões.
A própria PUC-Rio já desenvolve cerca de 60 projetos de alta tecnologia, incluindo uma dúzia que já utilizam inteligência artificial. Além de intensificar suas iniciativas internas, a universidade planeja diversificar as parcerias (atualmente concentradas nas indústrias de energia, petróleo e gás), para áreas como saúde, educação e meio ambiente.
