Um estudo global da Wireless Broadband Alliance (WBA) divulgado nesta quarta-feira, 11, revelou que 60% dos executivos estão dispostos a investir mais em Wi-Fi em 2025. De 170 profissionais de empresas que fazem parte da aliança que tem fornecedores, operadoras e empresas que consomem Wi-Fi, a maioria dos entrevistados (81%) pretende adotar OpenRoaming.
Atualmente, 25% dos entrevistados afirmaram que estão implantando a tecnologia, 42% querem implementar em 2025, 27% em 2026 e menos de 1% não tem planos de instalação.
Em relação aos motivos para investir em OpenRoaming, o acesso contínuo entre Wi-Fi e redes celulares 4G e 5G foi o principal com 44% das respostas, seguido por segurança aprimorada no Wi-Fi com 43% e acesso sem fricção, com 39%.
Sobre quais serviços de Wi-Fi são mais importantes em seus negócios, os executivos citaram segurança de rede e privacidade (78%), monetização de serviços Wi-Fi (70%) e ligação via Wi-Fi (70%). Ainda vale destacar a Internet das Coisas com 67% e roaming, com 65% das respostas.
Wi-Fi e seus avanços
Além do OpenRoaming, 37% dos executivos afirmaram que implementaram redes com o padrão Wi-Fi 6E e 19%, Wi-Fi 7. Também citaram algumas tecnologias mais recentes do padrão sem fio, como Wi-Fi Sensing (27%), WiGig de 60Hz (24,5%), Wi-Fi em ondas milimétricas (19%) e Wi-Fi HaLow (16,5%).
Se considerar aqueles que também usam redes celulares, 29,5% instalaram redes privativas; 24%, sistemas de antenas distribuídas (DAS); e 25%, redes de acesso com IA ou ações cognitivas.
Espectro e tráfego
O estudo também perguntou sobre o uso do 6 GHz para Wi-Fi. A vasta maioria (90%) acreditam que o espectro é importante para suas operações e um quarto (23%) chegam a dizer que é crítico. Entre esses negócios, as operadoras e ISPs são aqueles mais prevalentes (34%) e são seguidos por executivos de educação (33%) e saúde (33%).
Vale lembrar, há um forte debate para a definição do uso do 6 GHz na íntegra para Wi-Fi ou parcial/compartilhado com as redes celulares. O Brasil teve papel chave na WRC-2023 ao incluir uma nota de rodapé prevendo a possibilidade de divisão da faixa de 6 GHz entre IMT (5G) e uso não-licenciado (Wi-Fi), na proporção de 700 MHz/500 MHz. O tema foi colocado em consulta pública pela Anatel neste ano e, mais recentemente, a área técnica da agência sugeriu a divisão da faixa. O uso do 6 GHz no IMT foi criticado pelos ISPs na última semana.
Entre aqueles setores que mais esperam aumento de tráfego, os profissionais que atuam em hubs de transporte (como aeroportos e rodoviárias) são aqueles que mais esperam um alta (47%) em 2025, os de varejo (38%) aparecem na sequência acompanhados de perto pelos executivos do setor de transportes (37,5%).
Imagem principal: Arte de Nik Neves para Mobile Time