Na divisão por modelo de cobrança do serviço móvel pessoal, segundo dados da Anatel divulgados nesta terça, 12, o mercado de pré-pago continuou a mostrar a retração dos últimos meses: 4,731 milhões de acessos a menos no mês, ou 2,35% de queda. Mesmo assim, ainda é de longe a maior quantidade de acessos na base: 196,612 milhões em novembro. No ano, foram 16,3 milhões de linhas pré-pagas a menos, recuo de 7,66%.

A migração para pós-pago não acontece na mesma proporção. Isso porque essa categoria mostrou crescimento líquido muito menor entre outubro e novembro: de 526,6 mil (0,73%), fechando o período com 72,979 milhões de acessos. No ano, o aumento foi de 5,180 milhões de conexões, ou 7,64%. Confira a evolução de dezembro de 2014 a novembro do ano passado no gráfico abaixo.

Considerando a tendência de queda na base total (sobretudo no 2G e mesmo no 3G), dá a entender que o consumidor tem procurado desativar os chips pré-pagos secundários: isto é, quem tinha celular com capacidade de dois ou mais SIMcards pode estar preferindo se manter com apenas uma linha. Isso porque há o movimento do fim do efeito comunidade, já que as tarifas off-net estão ficando mais baratas com a redução da VU-M imposta pela Anatel. Há ainda o movimento das operadoras como a TIM e a Oi, que eliminaram a diferença na cobrança de ligações on e off-net. Da mesma forma, as teles promovem limpeza da base especialmente no pré-pago em linhas inativas (que não colocam crédito há muito tempo).

Por outro lado, o crescimento líquido da base pós-paga continua a avançar a passos pequenos – em média, no ano, são 518 mil adições líquidas mensais. Não significa que as teles não estejam direcionando os clientes para os pacotes de dados, mas mostra que elas ainda têm um longo caminho pela frente.

 

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