O CEO da Orange, Stephane Richard, disse nesta terça-feira, 11, que, a possível fusão com a também francesa Bouygues teria que criar valor para a companhia e salvar empregos no setor. Segundo a Reuters, a Orange compraria a sua concorrente Bouygues por dez bilhões de euros em dinheiro e ações, sendo que 15% das ações da Orange seriam repassadas aos acionistas da empresa adquirida, o que daria algo em torno de oito bilhões de euros – o restante do pagamento seria em dinheiro.

Durante uma coletiva de imprensa em Paris, Richard ainda revelou que não fará negócios arriscados para comprar a empresa do bilionário Martin Bouygues e, caso a negociação aconteça, o governo francês continuará como acionista majoritário da Orange. A confirmação das conversas surgiu no dia 5 de janeiro, com uma nota da Bouygues à imprensa confirmando as conversas entre as duas empresas. Inicialmente, o canal de TV da família Bouygues, TF1, não entrará nas negociações.

Como resultado da fusão, a quantidade de operadoras de telefonia na França passa de quatro para três e criaria um gigante do setor telecom com 50% da fatia do mercado móvel e de internet fixa no país. Quatro anos antes, a Illiad entrou no mercado com o conceito de “mobilidade livre” e criou uma ‘guerra de preços’ e disputa acirrada entre as operadoras francesas.

Uma união entre Orange e Bouygues pode enfrentar problemas concorrenciais com o governo francês e a comissão europeia, o que forçaria a venda de parte de seus ativos. A operadora de telefonia móvel Coriolis já declarou interesse em comprar a divisão de telecom para negócios da Bouygues, Boygues Telecom.

 

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