A Telefónica anunciou duas novas tecnologias que combinam conectividade 5G, computação de borda e inteligência artificial (IA) voltadas para a área da saúde. Chamadas de CatEye e 5G Intelligent Blood Monitoring, as duas novas tecnologias prometem ser capazes de avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica em indivíduos com catarata e monitorar os níveis de glóbulos brancos em pacientes com câncer.

O CatEye é um dispositivo equipado com conectividade 5G capaz de identificar o grau de catarata em pacientes. O sistema foi desenvolvido em parceria com a empresa Edgendria Innovación que utiliza uma plataforma óptica especializada, que combina servomotores de precisão e uma câmera específica.

O dispositivo tira uma foto dos olhos do paciente e as transmite para um sistema de IA localizado na infraestrutura de borda da Telefónica. O sistema então analisa os dados e determina se a condição requer acompanhamento oftalmológico ou não.

A ideia é que com o CatEye seja possível realizar o diagnóstico precoce da catarata e otimizar a rotina dos oftalmologistas, de forma que procedimentos mais simples sejam delegados a equipes técnicas. Além disso, o objetivo pode ser útil em lugares com poucos recursos e serviços médicos, já que pode ser transportado de forma simples e operado por um técnico.

Já o 5G Intelligent Blood Monitoring, utiliza a tecnologia PointCheck, da startup Leuko, e a incorpora com conectividade 5G e computação de borda para monitorar pacientes oncológicos em risco de neutropenia severa – condição caracterizada pela queda dos níveis de neutrófilos no sangue (um tipo de glóbulo branco), aumentando o risco de infecção.

O PointCheck é uma tecnologia não invasiva que realiza uma análise da circulação sanguínea nos capilares do dedo anelar do paciente. A tecnologia grava um vídeo e em seguida é processado por um algoritmo treinado para detectar possíveis riscos de neutropenia. 

Com a integração do 5G, os pacientes podem realizar o teste de forma remota e enviar os dados com baixa latência e alta segurança para a infraestrutura da Telefónica, onde a IA processa as informações e disponibiliza os resultados para a equipe médica.

A solução pode ser expandida para farmácias e centros de saúde rurais, ampliando o acesso ao monitoramento médico, além de reduzir a necessidade de deslocamentos frequentes a hospitais, minimizando a exposição de pacientes imunocomprometidos a ambientes de alto risco de infecção.

Ambos os projetos serão apresentados no evento Telefónica Agora, dentro da programação do MWC (Mobile World Congress), que ocorre em Barcelona, no próximo dia 5 de março. Ambas as tecnologias fazem parte da estratégia da Telefónica Spain Innovation, que busca integrar tecnologias avançadas ao setor de saúde, ampliando a capacidade de transmissão de dados e reduzindo a latência dos sistemas médicos.

 

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