Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de entrega de 12 mil pontos de Wi-Fi para escolas públicas. Crédito: reprodução
“Só pelo relator, deputados e deputadas, era para rejeitar o projeto. Ele é do Partido Comunista do Brasil. Vocês acham que vem alguma coisa boa do PCdoB, do PSOL ou do PT?”
Foi desta forma, referindo-se ao PL das Fake News, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu seu discurso na tarde desta terça-feira, 12, durante a cerimônia de entrega de 12 mil pontos de Wi-Fi para escolas públicas do País.
Bolsonaro aproveitou o evento para criticar a oposição ao seu governo, que chamou de “esquerda”, e para lembrar dos 28 anos em que foi deputado federal. “Como deputado, quando via que o projeto vinha desses partidos, eu já votava contra. Toda a esquerda votou pela urgência desse PL das Fake News. O que ia nascer dali? Um monstrengo”.
Segundo o presidente, seu governo só conta com a comunicação por meio das mídias sociais, e que o objetivo do PL das Fake News seria a censura destas mídias.
O deputado Orlando Silva (PCdoB/SP) não estava presente na cerimônia.
Internet nas escolas
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou durante o evento que os pontos de Wi-Fi nas escolas públicas começarão a ser implantados ainda neste mês. “Hoje estamos assinando um contrato para conectar 12 mil escolas nos próximos quatro meses. Atualmente, conectamos 3 mil escolas por mês. Mil provedores regionais participaram e vão conectar essas escolas. Com essas 12 mil vamos zerar todas as escolas das regiões, sul, sudeste, centro-oeste. Do Nordeste vamos zerar Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte”, afirmou Faria.
Em pronunciamento, o atual ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, disse que a pasta firmou um acordo com a Microsoft, que deverá destinar uma plataforma de ensino para 138 mil escolas públicas e atender a 38 milhões de alunos da rede.
