O avanço do crédito nas pontas e a expansão da oferta de serviços são as próximas etapas para o Banking as a Service (BaaS) no Brasil. É o que afirmaram profissionais do setor bancário durante o Digital Money Meeting, evento organizado para o mercado financeiro pelo Tele.Síntese nesta quarta-feira, 12.

Thiago Zaninotti, CTO da Celcoin, acredita que o BaaS terá em breve o ‘DTVM as a service’, ou seja, a oferta de títulos e valores mobiliados entre os novos entrantes (empresas que contratam o Bank as a Service). Também prevê um “movimento de desfragmentação” e a oferta de crédito na ponta, com pequenas cadeias do comércio que buscam escalabilidade em seus ganhos.

Painel BaaS 1

Da esquerda para direita: Pedro Bramont, diretor de negócios digitais & open finance do Banco do Brasil; Elias Sfeir, presidente executivo da ANBC; e Thiago Zaninotti, CTO da Celcoin. Foto: Henrique Medeiros/Mobile Time

“Estamos falando de cadeias que estão em ‘stealth mode’ para a Faria Lima, mas podem conceder crédito na ponta. A partir do momento que a empresa decide conceder crédito e avançar nos serviços financeiros, elas precisam seguir a trilha regulatória. Por isso, oferecemos as tecnologias de APIs e BaaS”, disse Zaninotti. “Nós precisamos nos deslocar na cauda longa. Trazer mais valor para esses negócios que podem nos apoiar no ecossistema financeiro”, complementou.

Por sua vez, Pedro Bramont, diretor de negócios digitais & open finance do Banco do Brasil, explicou que há três vetores de expansão em BaaS:

  • Novos produtos e serviços que não estão expostos ainda, como produtos de investimento, que demandam política de análise do cliente severa;
  • avançar para outros segmentos, como saúde;
  • E o terceiro é o capability as a service, a venda do serviço de capacidade de pagamento.

Bramont também acredita que soluções personalizadas para pessoas físicas e jurídicas (PFM e BFM, personal e business financial management) também podem ajudar a avançar a trilha do Banking as a Service entre as empresas contraentes dos serviços bancários.

“Essas soluções de agregadores podem ajudar com atitudes práticas financeiras. Pode ser um gancho para empresas financeiras trazerem seus clientes e ver quais deles são adimplentes e podem acessar serviços financeiros”, disse o executivo do banco. “No BB nós temos 4 milhões de usuários no Minhas Finanças. Essa é uma responsabilidade do sistema financeiro em ajudar as pessoas”, concluiu.

 

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