A Oi divulgou nesta quinta, 12, os resultados financeiros e operacionais do primeiro trimestre. A companhia registrou receita líquida de R$ 6,75 bilhões no período, o que representa uma queda anual de 4%, mas uma leve melhora (0,8%) em relação ao último trimestre de 2015. O EBITDA no primeiro trimestre de 2016 foi de R$ 1,76 bilhão, uma queda no comparativo anual de 12,2%. A margem EBITDA foi de 26,1%, contra 28,6% no mesmo período de 2015. Com isso, o prejuízo líquido da companhia no primeiro trimestre foi de R$ 1,6 bilhão, uma piora de 268,2% em relação ao mesmo período de 2015 mas uma melhora em relação ao prejuízo de R$ 4,5 bilhões no quarto trimestre. A empresa tem em caixa R$ 8,5 bilhões, um valor 310% acima do que era há um ano, mas uma piora de 49% em relação último trimestre de 2015. A dívida líquida está em R$ 40,8 bilhões, um aumento de 25,5% no ano. Os investimentos no trimestre foram de R$ 1,25 bilhão, um aumento de 22,2% no ano.

A queda de receita líquida se deve à desaceleração econômica e fatores específicos, como a queda nas receitas de interconexão, mas sobretudo por um processo de enxugamento de base. Eram 16,1 milhões de unidades geradoras de receitas residenciais no primeiro trimestre, uma queda anual de 5,7%. Em serviços móveis, eram 45,5 milhões de RGUs, uma queda anual de 5%, e nos serviços corporativos a queda foi de 9,2% na comparação anual, com 7,11 milhões de RGUs no primeiro trimestre. Destaque-se a perda de receitas com mobilidade pessoal, onde houve uma queda de 10% nas receitas na comparação anual.

Encargos financeiros

Boa parte das dificuldades pelas quais a Oi passa se deve à sua dívida de R$ 49,3 bilhões brutos. A maior parte (R$ 38,88  bilhões são em moeda estrangeira, ou 79%), valor praticamente igual ao que a Oi tem de vencimentos em longo prazo. O problema é que no curto prazo a companhia  tem R$ 10,4 bilhões em dívidas vencendo, e apenas R$ 8,5 bilhões em caixa. O custo financeiro para uma dívida deste tamanho é pesado. No primeiro trimestre a Oi pagou R$ 1,9 bilhões em encargos financeiros (juros, amortizações da dívida e despesas).

Na conferência com analistas, Bayard Gontijo, CEO da empresa, preferiu não dar mais detalhes sobre o plano de reestruturação, limitando-se a dizer que espera ter informações em breve.

 

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