O Apto, marketplace de apartamentos que conecta potenciais compradores de imóveis novos a construtoras, lançou seu bot na terça-feira, 5. Vince, como é conhecido, foi desenvolvido pela plataforma BLiP, da Take, e passa a atuar no WhatsApp. Até então, o chatbot funcionava no e-mail e no Facebook Messenger, de forma limitada, tirando dúvidas sobre os empreendimentos imobiliários. Apesar de o desenvolvimento de um robô estar no roadmap da empresa, a pandemia do novo coronavírus acabou por acelerar o lançamento da versão 1.0 da solução.
Para contatar o Vince é preciso acessar o site e clicar no botão do WhatsApp ou adicionar aos contatos do celular o número 11 3641-3301 e dar um “olá” pelo mensageiro. Em seguida, o chatbot faz algumas perguntas para o usuário de modo que ele seja capaz de filtrar opções de imóveis para esse cliente. Entre as perguntas estão: em qual localidade ele deseja comprar um apartamento; quando a pessoa quer se mudar; e tamanho da planta. A partir das respostas, o robô joga o usuário para o site, indicando a ele uma série de recomendações personalizadas.
“Ele funciona como uma árvore de resposta, mas com inteligência artificial capaz de identificar características regionais. Por exemplo, ele entende SP como São Paulo ou Sampa. O bot é uma criança, não nasce sabendo falar todas as línguas, mas a gente tem que rodá-lo, entender e ir aprimorando a ferramenta”, explica Alex Reis, gerente de marketing do Apto.
O Apto funciona como um gerador de leads para as construtoras. “Somos um portal vertical, estamos na parte superior da pirâmide, onde entregamos o lead”, explica Reis. A plataforma é um portal de nicho – oferece apenas apartamentos novos, nunca antes habitados. Porém, não se concentra em uma determinada camada econômico-social. No Apto, há desde ofertas de apartamentos caros, de R$ 1 milhão ou mais, até aqueles do projeto governamental Minha Casa Minha Vida, que custam entre R$ 200 mil e R$ 350 mil. Sua atuação mais forte está concentrada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia e estão começando a estruturar a expansão para o nordeste.
No modelo de negócios do Apto, há três opções para as construtoras contratarem. A primeira delas é um pacote mensal cujo contrato é feito por volume de leads para cada lançamento que ela coloque no site do Apto. O outro é um pacote para campanhas específicas para cada produto. A terceira forma é o pagamento de uma mensalidade para que o Apto gere um número específico de leads.
O Apto foi lançada em 2015, no auge da crise imobiliária. Em 2016 a empresa conquistou seus primeiros clientes. “Mas foi em 2017 que tivemos uma pegada boa de crescimento e, desde então, dobramos de tamanho ano a ano”, conta Reis. “A previsão para 2020 era muito boa, mas com o coronavírus, estamos incertos. De qualquer forma, a jornada de compra de um apartamento é longa, dura seis meses. Então, estamos, hoje, fechando negócios dos leads gerados em dezembro”, explica o gerente de marketing. Apesar da redução dos lançamentos a empresa está otimista. “Ainda assim estamos trabalhado com crescimento de 40% em relação ao ano passado.”
Expectativas
Com o robô no WhatsApp, a expectativa da empresa é entregar mais opções de empreendimentos imobiliários para os clientes finais, mas também gerar mais leads pelo canal para as construtoras. Para o executivo, o percentual de pessoas que abrem os e-mails do Apto é de 40%, mas no WhatsApp a estimativa é que o número seja maior. “É um canal de atendimento que permite que o usuário tenha os nossos serviços. Acreditamos muito no potencial do chatbot no WhatsApp. Nossa expectativa é ter de 5 mil a 10 mil interações por mês. Mas ainda não sabemos o quanto isso vai reverter em leads. Como é uma ferramenta nova, achamos melhor ficar com os pés no chão”, resume Reis.