Dez milhões de pessoas assistem a publicidade em seus smartphones em troca de recompensas na solução de mídia recompensada operada pelo Terra em parceria com a Vivo. Julio Tortorello, head de monetização do Terra Mediatech, conversou com Mobile Time sobre a atuação das empresas em publicidade móvel. Ele participará de painel sobre o tema na próxima terça-feira, 16, durante o MobiXD, no WTC, em São Paulo, na companhia de executivos da Claro e da TIM.
Mobile Time – Quais canais compõem o inventário de publicidade móvel da operadora hoje (SMS, app, celulares novos etc)? E como estão sendo monetizados?
Julio Tortorello – O Terra tem uma frente de mobile advertising que oferece ao mercado publicitário soluções de mídia inovadoras para a comunicação de marcas com seus clientes, com formatos únicos para campanhas de vídeo, geolocalização, mídia programática, geração de leads e instalação de aplicativos.
Em uma posição sinérgica, todas as ofertas podem ser construídas em conjunto entre Terra e Vivo, como projetos especiais que estão sendo desenvolvidos e principalmente a construção de um ecossistema entre os conteúdos buscados pela audiência e os serviços da operadora e dos anunciantes, o que é fortalecido pela plataforma de dados que temos investido, o famoso “1st party data”. A tecnologia do Terra permite entregar o conteúdo ou a publicidade adequada para a pessoa certa e na hora certa.
Há uma equipe de vendas própria ou há agências parceiras encarregadas dessa venda?
Hoje atuamos com um modelo híbrido. Isso porque temos uma equipe própria focada em atender de forma diferenciada os mercados prioritários, com uma atuação muito forte em São Paulo. Mas temos uma estrutura capaz de atender qualquer cliente pelo Brasil e por isso temos para mercados regionais diversos representantes comerciais, alocados por todas as regiões do país.
Como é coletado o opt-in para publicidade e qual é o tamanho da base hoje?
Entendemos que esse é um ponto muito importante no nosso trabalho e por isso temos uma série de formas de coleta do opt-in e do consentimento dos clientes, o que ocorre de forma frequente e recorrente em todos os nossos canais. Outro detalhe de nosso cuidado nesse quesito é que mantemos bases individualizadas de usuários para cada um dos nossos canais de comunicação de advertising, ou seja, não há mistura das bases. Hoje o Terra, junto com a Vivo, tem um alcance de mais 140 milhões de pessoas.
Quais as vantagens desses canais para um anunciante, em comparação com outros canais de mídia digital?
Hoje o Terra é uma mediatech e o grande diferencial para o mercado, pensando também nos canais de advertising, é uma camada de 1st party data com dados declarados e mensurados para entregar uma melhor inteligência para as campanhas. Outra vantagem, pelo fato de estarmos junto a uma grande empresa de telecom, é poder acompanhar toda a jornada do cliente no mobile ao longo do dia, o que permite um conhecimento ainda mais profundo dos hábitos online. Importante ressaltar também que a plataforma de mobile advertising do Terra foi construída com foco no mercado brasileiro, o que também traz um conhecimento aprofundado, diferente de outras plataformas que têm modelos aplicados em diferentes mercados pelo mundo.
Entre os produtos, a frente de mídia recompensada é um dos destaques para o mercado pois um ponto fundamental da nossa oferta é que o serviço para o usuário não é gratuito, mas sim patrocinado por marcas, assim aproximando as duas pontas e criando uma experiência para o cliente muito mais positiva. Oferecer uma publicidade atrelada a um benefício gera uma situação de ganho para os dois lados, pois a marca consegue reter a atenção e consideração do usuário em sua campanha por atender suas necessidades. Outro produto que oferece vantagens ao mercado é a solução de tecnologia de geolocalização em tempo real própria, que tem muita precisão e não depende de terceiros para entregar as campanhas.
Poderia compartilhar dados da performance desses canais? Exemplos: quantidade de campanhas veiculadas por mês; quantidade de pessoas impactadas; taxa de leitura; taxa de conversão etc.
Hoje, com as plataformas de mobile, o Terra, junto com a Vivo, tem um alcance de 140 milhões de usuários. Já dentro dos canais de mídia recompensada, os números chegam a 10 milhões de usuários recorrentes todo mês. Quando olhamos para geolocalização, o Terra tem mais de 5 mil microrregiões mapeadas para entrega de campanhas pelo país. Além disso tudo, como há muita inteligência envolvida nos produtos antes da entrega das campanhas, as taxas de conversão do Terra estão acima do mercado tradicional.
Na Europa, Telefónica, Orange, Vodafone e Deutsche Telekom estão criando uma joint-venture para explorarem juntas seus inventários de publicidade. Sei que há negociações em curso para uma parceria similar no Brasil. Como estão essas conversas? Está otimista de que pode se concretizar? Quais os desafios? Como funcionaria por aqui? Seria contratada uma ou mais empresas externas, como integradores, para explorar os inventários das teles?
Hoje, já trocamos muito e trabalhamos em colaboração entre as empresas do setor para desenvolver o mobile advertising no Brasil, pois não competimos por base nesse mercado. Acredito que as conversas nesse sentido podem ser aprofundadas para que possamos crescer e fortalecer ainda mais esse mercado.
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Uma entrevista com as mesmas perguntas foi feita com Gabriel Portugal, head do Claro Ads e que também estará no MobiXD 2023. Leia aqui a entrevista com o executivo da Claro.
Para mais informações sobre o MobiXD, acesse www.mobixd.com.br