A Visa Consulting & Analytics está atuando mais próxima dos clientes da Visa, inclusive em funções de usabilidade e até desenvolvimento de apps financeiros. Em conversa exclusiva com Mobile Time, Tiago Moherdaui, VP da Visa Consulting & Analytics (VCA), explicou que o braço de consultoria da bandeira começa a empacotar e colocar em prateleira algumas soluções.

“A nossa ideia é diversificar mais para entender os clientes. Colocar em prateleira deixa o projeto mais rápido e acessível para todos. Queremos ter mais agilidade e diversidade. Fazemos tudo aquilo que o parceiro pede e voltado para a área na qual atua. A ideia é atender mais clientes, mais soluções e mais granularidade. Isso vai além do life cycle do cartão”, diz o executivo, embora reconheça que ainda há espaço para a customização.

Nessas soluções, a VCA vai além da consultoria para apoiar o cliente de forma que tenha melhor desempenho no mercado. Isso passa inclusive pelo modelo de negócios mais flexível, como explicou o gestor: “Nós temos alguns modelos com preço de tabela. Na maioria dos casos é baseado em hora-homem, mas também pode ser revenue share. Mas, inicialmente, os clientes já estão na Visa, em sua maioria. Por isso temos a flexibilidade”, completa.

Apps

Moherdaui apresentou duas soluções que a VCA criou. Uma delas é o desenvolvimento e/ou aprimoramento de aplicativos de bancos parceiros: uma plataforma de criação de apps que passa por:

  1. Revisão em três etapas – mapeamento do cenário atual do aplicativo; análise de funcionalidades, performance, suporte, fidelização e ranqueamento do aplicativo; e o desenvolvimento de um protótipo;
  2. Implementação em duas etapas – plano técnico para implementação do novo aplicativo e suas soluções; e desenvolvimento do app com suporte neste novo canal.

O VP da consultoria explicou que não pretendem ser “detentores do know-how”, mas sim conectores e parceiros de diversas empresas, formando um ecossistema. Por exemplo, no desenvolvimento de apps a VCA tem um parceiro principal; mas, a bandeira também possui desenvolvedores internos que podem produzir “um projeto menor”, como atualizações no fluxo de UX.

Usabilidade

Outra solução é a Jornada do Viajante, um produto lançado para ajudar emissores de cartões (bancos e carteiras, por exemplo) a entender o consumidor no retorno das atividades de turismo. Por meio da Global Visa Analytics, dados dos bancos e da VisaNet, este SVA financeiro identifica e permite se comunicar com clientes com probabilidade de viajar. Ou seja, as instituições podem sugerir hotéis e restaurantes, check-in de embarque, salas VIP, fatura do cartão ou até fazer ações para incentivar o uso dos cartões na viagem.

“Uma coisa é você saber o que fazer, outra é como fazer. Por isso temos a nossa consultoria. Para executar campanhas (de cartão), nós temos ferramentas para parametrizar e, por exemplo, dar descontos em restaurantes por meio da rede, mesmo em viagem internacional”, disse o VP, que foi promovido para a área neste mês de maio.

Lançada no ano passado, a Jornada do Viajante está em piloto com alguns emissores. Por sua vez, a solução de desenvolvimento e atualização de apps está em teste em mais de dois bancos. Nos dois casos, Moherdaui afirmou que os principais clientes são emissores, mas como o arcabouço de dados e analytics da Visa é vasto, também pode ser aplicado para comércios, adquirentes e todo agente do ecossistema financeiro que busca reduzir o uso de dinheiro físico e focar no cartão de plástico.

Além das duas soluções já apresentadas, a VCA tem outras soluções de prateleira como o Beta Tester: uma pessoa convidada que testa produtos financeiros de clientes Visa para seu aprimoramento. Também possui a Aquisição Digital, uma plataforma que usa inteligência artificial e reconhecimento ótico (OCR) para melhorar a jornada de aquisição do cartão entre emissor e consumidor.

 

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