A Febraban e a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) lançaram nesta quarta-feira, 12, a Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional (RBSFN). Esse grupo conta inicialmente com nove bancos e utiliza a plataforma Hyperledge IBM, sendo que o seu primeiro uso é uma solução de verificação e compartilhamento de identificações de dispositivos móveis.
“Caso o celular seja roubado, o usuário avisa ao banco que, por sua vez, poderá prevenir a fraude”, disse Joaquim Kavakama, superintendente geral da CIP. “É um conjunto de soluções para combater fraudes. É similar ao IMEI do celular”.
Criado pelo grupo de trabalho de blockchain da Febraban, a rede conta com Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, JP Morgan, Original, Santander e Sicoob. O superintendente da CIP frisou que há espaço para mais bancos, e que as instituições que entraram nesta etapa tiveram autorização de suas áreas jurídicas. Vale lembrar que o GT da Febraban em blockchain conta com 18 bancos.
Leandro Vilain, diretor de negócios e operações da Febraban, ressalta que o diferencial da solução em blockchain está na infraestrutura, que tem uma base descentralizada, mas com governança robusta, uma vez que permite interoperabilidade. Vilain explicou ainda que, por ser incorporada aos bancos via API, a rede de blockchain pode ajudar na regulação do Open Banking.
Kavakama explicou que há conversas para integrar as operadoras móveis ao projeto. Contudo, isso ainda está em estágio inicial. O custo da solução é gratuito no primeiro ano, e depois terá o valor acertado no segundo ano de uso. Para o usuário final, o executivo da CIP disse que a solução será transparente com adesão a seu critério. Por sua vez, Vilain acredita que o uso do blockchain neste cenário colabora para reduzir drasticamente a fraude no celular, mas não soube precisar o quanto.