Filas para comprar ingressos para festas, para entrar em casas noturnas, ou para comprar comida e bebida nos eventos são bastante comuns. O aplicativo Sem Hora tem a intenção de ajudar as pessoas a evitarem essas filas, permitindo que elas comprem ingressos por seus smartphones a qualquer momento e não precisem esperar para entrar nos locais.
Disponível inicialmente para eventos de entretenimento no estado de São Paulo, o app mostra a agenda de festas e baladas credenciadas para compra por cartão de crédito. Ao baixar o aplicativo, o usuário recebe um QR Code próprio, e após a compra do ingresso, o evento terá um atendimento personalizado, no qual o usuário precisa somente apresentar seu QR Code à hostess, que fará a leitura com um tablet. A ferramenta está disponível para iOS e deve ganhar uma versão para Android em agosto.
O Sem Hora acabou de ganhar uma funcionalidade de compras mobile de bebidas e comidas nas casas noturnas. O usuário tem acesso ao cardápio do evento para comprar um combo de consumação e apresentar seu código ao tablet no caixa para fazer os pedidos.
A SH Entretenimento, empresa criadora e desenvolvedora da ferramenta, ganha pelas taxas cobradas nas compras. Nas casas noturnas o valor dessa taxa é de R$ 5. Em outros eventos, ela varia de acordo com o valor do convite.“Ganhamos no volume e não na unidade, portanto nossas taxas não excedem 10% do valor do convite”, diz Luis Felipe Palomares, um dos sócios-proprietários da start-up.
A ideia também foi colocada na prática pelos outros sócios Marcus Ataide, João Mollo e Renato Cury. Os paulistanos focam em jovens entre 18 e 28 anos, e já conseguiram que 20% do público da festa Insperina, do Diretório Acadêmico do Insper, comprasse os ingressos pelo app.
Por enquanto, o Sem Hora tem mais de 850 usuários, mas a expectativa dos sócios é atingir 100 mil downloads até o final do ano. Em relação aos eventos, a empresa espera ser sempre responsável por 20 a 50% do público do evento quando houver mais de um ponto de venda. Até o fim do ano, a start-up quer fechar parcerias com festas e casas noturnas no Rio de Janeiro. “Temos bastante cautela em expandir com qualidade e funcionalidade. Não adianta sermos os únicos sem que o aplicativo funcione, e a tendência é que as pessoas passem a comprar cada vez mais por e-commerce e mobile. As compras pela internet deixaram de ter uma mitificação, e logo isso acontece com o celular, que nada mais é do que um computador menor”, diz Palomares.