Depois de três meses de os Estados Unidos banirem a ZTE do país, a empresa chinesa e o governo norte-americano assinaram um acordo que abre caminho para que a empresa retome suas operações com fornecedores dos EUA. O trato ameniza as tensões da guerra comercial entre os dois países, que começou quando a fabricante de equipamentos de telecomunicações não cumpriu os termos de um tratado de 2017 com o Departamento de Justiça ao violar sanções contra a Coreia do Norte e o Irã, além de ter mentido sobre o assunto. O acordo terá validade a partir do momento em que a ZTE depositar os US$ 400 milhões em uma conta de garantia, informou o Departamento de Comércio dos Estados Unidos. A notícia saiu no site Tech Crunch e na Reuters.
A proibição cortou o acesso a vários fornecedores importantes da ZTE, incluindo a Qualcomm, cujos componentes são usados em seus smartphones e equipamentos de rede. A decisão da caução faz parte de um acordo com o Departamento de Comércio dos EUA para a ZTE
O novo acordo inclui uma multa de US$ 1 bilhão que a ZTE pagou ao Tesouro dos EUA no mês passado. Já os US $ 400 milhões foram depositados numa conta que os Estados Unidos podem recuperar se a ZTE violar este último acordo. A multa de US$ 1 bilhão é uma adição aos quase US$ 900 milhões pagos pela ZTE no ano passado.
O acordo também envolveu a mudança da alta administração e do conselho da gigante chinesa. A nova equipe de gerenciamento da ZTE foi posta em prática na semana passada, com o novo CEO Xu Ziyang prometendo procedimentos de conformidade mais fortes.
Congressistas norte-americanos decidiram entrar em confronto com a administração Trump e aprovaram uma lei de política de defesa que inclui uma emenda tentando reverter o acordo. A medida ainda pode ser minada quando o Senado e a Câmara dos Representantes se reunirem nas próximas semanas para escrever uma versão de compromisso do projeto.