| Publicada originalmente no Teletime | Apesar do recente anúncio por parte da prefeitura de Porto Alegre e da expectativa gerada pelo início de distribuição de kits para a migração da TVRO para a banda Ku, pela instalação de antenas e pela preparação do arcabouço legal, a liberação da faixa de 3,5 GHz para implantação do 5G ainda não tem data fixada para as próximas capitais após o lançamento em Brasília. Segundo contou ao Teletime o presidente do Gaispi (grupo que coordena as atividades de limpeza do espectro), o conselheiro da Anatel Moisés Moreira, a definição do calendário depende de informações a respeito do cenário em cada uma das cidades.
Mais especificamente, a Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF, agora com o nome fantasia Siga Antenado) precisa dizer se a frequência está liberada, para então o Gaispi confirmar, verificando e autorizando o processo. “A EAF está enviando esforços para deixar a faixa limpa em Porto Alegre, Belo Horizonte, João Pessoa e São Paulo. Entretanto, ainda não tenho um feedback da entidade atestando que já se fez todo o trabalho”, declarou Moreira. Nesta terça-feira, 12, a EAF começou a agendar a troca das antenas parabólicas na capital paulista.
“Não se tem previsão, apenas expectativas“, disse. O conselheiro também foi enfático ao declarar que não necessariamente há uma capital na frente do lançamento, ainda que os trabalhos de limpeza do espectro estejam mais adiantados. “O que pode acontecer é que posso autorizar todas [de uma vez]”, destacou.
A nova reunião ordinária do Gaispi acontecerá nesta quarta-feira, 13. Mas Moisés Moreira já avisou: “Não está na pauta a autorização de nenhuma capital”. Isso não significa, contudo, que a liberação das cidades não poderia acontecer ainda em julho. Basta lembrar que a autorização para o lançamento do 5G em Brasília aconteceu em reunião extraordinária.
De todo modo, o Gaispi já está colhendo frutos com a experiência obtida na capital federal, a primeira cidade com 5G Standalone, ou seja, utilizando o 3,5 GHz com core de rede em cloud. Conforme destacou o conselheiro a este noticiário, faltam alguns ajustes em relação aos trabalhos de limpeza “para que a EAF siga desta forma com [a implantação dos novos] filtros agora”.