O setor de saúde está passando por uma profunda transformação digital, mas ela precisa ser acompanhada também pela adequação de leis e regulamentos. A recente legalização do serviço de telemedicina é um exemplo, mas seria importante também criar um sandbox regulatório para soluções de saúde em 5G, sugeriu Marco Bego, diretor do núcleo de inovação InovaHC do Hospital das Clínicas, nesta terça-feira, 12, durante apresentação no MPN Forum, evento organizado por Mobile Time em São Paulo.
Como exemplo, Bego citou a realização de ultrassons pré-natais. Somente profissionais especializados estão autorizados a operar o equipamento. Mas por que não permitir que outras pessoas conduzam o exame, enquanto um médico analisa as imagens remotamente, com uma transmissão via 5G? A realização de exames de ultrassom à distância é uma das aplicações planejadas para o case de rede privativa móvel do Hospital das Clínicas.
Segundo o executivo, conversas preliminares a respeito de um sandbox regulatório já teriam começado no âmbito do Ministério da Saúde. No entender de Bego, a iniciativa é fundamental para destravar novas aplicações envolvendo 5G em saúde. O Hospital das Clínicas, por exemplo, estuda vários outros casos de uso para sua rede privativa 5G, inclusive com a utilização de gêmeos digitais e drones.